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Caderno D

Cantor Arnaldo Antunes traz canções de suas viagens para o CD ‘Já É’

27 setembro 2015 - 08h00

Foram seis meses em cenários distintos Viagens, algumas mais longas, outras curtas, que tinham o Brasil como ponto de retorno - e maior permanência. Nesse seu ‘período sabático’ - que, por convenção, antecede um novo ciclo -, Arnaldo Antunes, ao lado da mulher, a artista plástica Marcia Xavier, passou por Uruguai, Paraty, no Rio, Nova York, nos EUA, Índia, e, por fim, Milão e Roma, na Itália. Tudo sem pressa. Arnaldo precisava de um respiro no seu cotidiano atribulado, atropelado pelos muitos trabalhos, para refletir, contemplar, reparar. E foi inebriado por essas paisagens e, sobretudo, impregnado por esse estado de espírito que Arnaldo compôs boa parte das canções de seu novo disco, “Já É”, o 16º da carreira e com o qual ele faz hoje, no Sesc Pompeia. Na apresentação, o repertório reúne 11 das 15 canções que fazem parte do novo trabalho, além de canções já conhecidas A Casa É Sua e Socorro, outras que não cantava fazia tempo, como Longe. "Percebi que compunha muito nas férias. Quando eu tirava férias, me colocava em um estado de disponibilidade emocional e mental que era muito propício. Pegava o violão, ficava compondo sem compromisso. Isso talvez dê espaço para pintar as coisas mais interessantes, as que realmente soam mais significativas foram feitas assim", diz o cantor e compositor paulistano, que, logo após as férias ampliadas, lançou um livro de poemas inéditos, Agora Aqui Ninguém Precisa de Si, e inaugurou a mostra Palavra em Movimento, em cartaz em Brasília. "Sempre tirava férias muito curtas, só de um mês, e agora eu estava vindo de um período em que lançava quase um disco por ano Fiz Iê Iê Iê, Ao Vivo Lá Em Casa, A Curva da Cintura, Disco, Pequeno Cidadão, Acústico. Desde 2009, foram seis discos. Então, queria dar um stop primeiro nesse ritmo, ver um pouco as coisas de longe, parar para mudar tudo." Contribuiu para esse processo de mudança o local de gravação - agora, no Rio de Janeiro - e o produtor - o requisitado Kassin, com quem Arnaldo Antunes trabalha pela primeira vez. Para o novo trabalho, a princípio, Arnaldo planejava não um disco, mas um EP, formato mais enxuto, que teria seis faixas e seis produtores, um para cada música. No entanto, durante o sabático, os planos mudaram, ele conta. "Comecei a compor e todas as músicas tinham um elo temático. Disse: ‘Não, esse é um disco grande, tem uma cara’. Então, adiei esse projeto do EP, mas queria alguém para amarrar tudo. Escolhi o Kassin, e foi maravilhoso ter ido para o Rio, estar com alguns músicos com quem eu já havia trabalho antes, como Cézar Mendes, Pedro Sá e Davi (Moraes). Eles já tinham gravado nos meus discos, mas pontualmente, como uma participação em uma faixa ou outra. Dessa vez, não, quis gravar com a galera lá. Acho que deu uma renovada na sonoridade no meu trabalho." E muito dessa renovação, ele atribui também a Kassin e sua atuação atenta aos detalhes - e aos sinais. Para Arnaldo, a versatilidade do produtor faz com que ele se adapte bem a qualquer tipo de sonoridade à qual está a serviço. "Esse foi talvez o disco menos tenso que gravei, mais tranquilo, porque o Kassin deixa você muito à vontade", conta. "Ele me ajudou a escolher o repertório - cheguei com 25 músicas, tudo o que compus na viagem. Então, esse olhar seletivo foi importante e, depois, as timbragens. Ele é muito esperto em achar o timbre certo e original."

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