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Caderno D

Emílio Dantas emenda sucesso no musical ‘Cazuza’ com papel de destaque

12 julho 2015 - 08h00

O "namoro" entre a Globo e Emílio Dantas é antigo. Mas, por conta do trabalho do ator como protagonista do musical "Cazuza - Pro Dia Nascer Feliz", só em "Além do Tempo" essa relação se concretiza. O carioca caiu nas graças do diretor Rogério Gomes - conhecido pelo apelido Papinha no meio artístico - e interpreta na nova novela das 18 horas da emissora o aprendiz de vilão Pedro, que fará de tudo para impedir que sua amada Lívia (Alinne Moraes) seja feliz ao lado do mocinho Felipe (Rafael Cardoso). "Não o encaro exatamente como um cara cem por cento do mal, mas seus princípios de ética são bem deturpadose isso fica evidente no comportamento dele", adianta o ator. Na trama, Pedro e Lívia são amigos de infância e cresceram praticamente juntos, por conta da forte amizade que une suas mães, Gema (Louise Cardoso) e Emília (Ana Beatriz Nogueira), respectivamente. Ele sempre nutriu uma paixão pela jovem, mas ela só consegue enxergá-lo de maneira fraternal, mas sem rejeitá-lo. "Acho que esse é o maior problema da relação deles. Se a Lívia cortasse logo esse sentimento do Pedro, ele não cultivaria essa verdadeira obsessão por ela", analisa Dantas. Para interpretar o personagem, Emílio passou duas semanas no Rio Grande do Sul. É lá que se passa a história, que será dividida em duas fases, de cerca de 70 capítulos cada. A primeira acontece no século XIX e a seguinte, 150 anos depois. Isso porque todo o elenco aparecerá nos dias atuais, interpretando as respectivas reencarnações de seus papéis por t odo o período ou em participações especiais. Uma sinopse considerada ousada na teledramaturgia, mas que não assusta o ator. "Essa novidade foi o que mais chamou minha atenção. É claro que existe um risco, já que se trata praticamente de duas novelas em uma só. Mas todo mundo está engajado no projeto e acho muito difícil que isso comprometa a fidelização do público", avalia. Emílio garante que pouco sabe da próxima fase. Existe uma expectativa de que, nesse segundo momento, Pedro seja o par romântico de Lívia, mas em um contexto completamente diferente e, mais uma vez, na posição de antagonista do casal principal. De qualquer forma, a julgar pelo que já sabe da trajetória de seu personagem no período de época de "Além do Tempo", não esconde sua expectativa para as cenas contemporâneas. "Espero que o Pedro se ferre muito. Acredito que ele tenha de pagar por todo o mal que vai causar. Acreditoem energia que gira no universo", torce. No texto de Elizabeth Jhin, Pedro não chega a ser um vilão de ações. Suas maldades são mais bem calculadas e estratégicas. "Ele age na mente das pessoas. Não oferece um perigo imediato, mas mente e desenha situações que prejudicam seus inimigos e colaboram para sua escalada social junto à Condessa Vitória (Irene Ravache)", antecipa o rapaz, referindo-se à grande vilã deste primeiro momento da trama. Em sua terceira novela, Emílio ainda não imagina como será sua vida depois que o público começar a reconhecê-lo nas ruas. O ator fez parte da Oficina de Atores da Record, liderada por Roberto Bomtempo, e chegou a ter papéis de destaque na minissérie "Sansão e Dalila" e nas novelas "Máscaras" e "Dona Xepa", entre 2011 e 2013, período em que esteve contratado pela emissora. Mas assume que, como o alcance de audiência desses trabalhos era menor que o da faixa das 18 horas da Globo, dificilmente era abordado por telespectadores. "Só me param em blitz", brinca. De qualquer forma, Emílio jura que se tornar famoso nunca foi seu principal objetivo. Recém-separado da atriz Giselle Itié, ele afirma que quer mesmo entregar um bom trabalho e poder ter prazer com isso. "O estúdioé o meu quintal, ali me realizo. Qualquer coisa que venha a partir da novela será consequência", garante ele, que entrou na mira dos produtores de elenco e diretores da Globo depois de seu desempenho no musical sobre a vida de Cazuza. "A peça está parada, mas quero me desvincular dela com a televisão. Sou extremamente grato por tudo que conquistei e não foi só mérito meu. A história toda se contava pela própria obra do Cazuza", enaltece.

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