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Caderno D

Guitarrista do Strokes deixa os vícios para trás e lança novo disco

22 outubro 2015 - 07h00

Guitarrista do Strokes deixa os vícios para trás e lança novo disco - Na residência dos Hammond Jr., ao norte da cidade de Nova York, nos Estados Unidos, as quintas-feiras são destinadas à lavagem das roupas brancas. Ao passo que, ao atender o telefonema do jornal , Albert carrega o cesto de roupa suja para a lavanderia e separa, peça por peça, aquelas que serão colocadas na máquina de lavar. A rotina, novidade recém-adquirida com a saída da cidade grande, segura os pés do guitarrista do Strokes no chão. A realidade tão confusa nos tempos de rock star, principalmente na primeira década do século, quando a banda dele, ao lado do vocalista Julian Casablancas, foi responsável por dar à guitarra o status de cool, agora tem foco. Casado, longe do caos urbano, Hammond Jr. alcançou a paz . “Momentery Masters”, terceiro álbum do guitarrista, que também assume os vocais na empreitada solo, é a resposta ao que ele afirma ser uma "retomada da curiosidade". Curioso sobre a vida. E sobre a música, enfim. É com o disco que o músico virá à América do Sul em uma turnê com o festival Lollapalooza. O norte-americano está escalado para as edições realizadas em São Paulo (nos dias 12 e 13 de março do ano que vem), Buenos Aires (dias 18 e 19) e Santiago (dias 19 e 20). No Brasil, o nome de Hammond Jr deve estrelar o "dia rock" do festival, ao lado de Florence + The Machine, Mumford and Sons, Noel Gallagher e Tame Impala. Curiosamente, o mesmo festival recebeu um integrante do Strokes também em carreira solo. Casablancas se apresentou nas três cidades em 2014 e a passagem fez bastante barulho. Não em um bom sentido. Com a então nova banda, The Voidz, o líder do Strokes não parecia saber o que fazia no palco. Era como se o guitarrista tocasse uma versão da 5.ª Sinfonia de Beethoven e o baixista se esforçasse num cover de Iron Maiden. Casablancas, ali no meio, mal era ouvido. Com Hammond Jr., contudo, o caos sonoro não deve se repetir. Sua versão solo é pop, embora ainda haja espaço para aquela guitarra tocada em notas curtas, arredias, que desenharam a estética do Strokes como grande banda de rock do início dos anos 2000.

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