A região do Alto Tietê tem 31 entidades proibidas de receber recursos públicos, conforme divulgação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) neste mês. As organizações estão impedidas de receber qualquer verba oriunda do governo do Estado ou municipal porque respondem por irregularidade dos órgãos. Em abril, o número era de 33 entidades suspensas.
Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba são as cidades com mais ocorrências. Os municípios somam um total de 16 entidades com problemas com relação ao recebimento de incentivos públicos. Em Itaquá, assim como em abril, novamente o Grupo de Apoio ao Menor Abandonado (Gamar) foi citado entre as suspensões. As prestações de contas da organização foram consideradas irregulares, sendo assim necessário devolver R$107,6 mil cedidos pela municipalidade e proibir novos recebimentos. O Gamar inda possui mais de um processo levantado.
Outra exemplo está em Ferraz, pelo Instituto de Integração à Cidadania Começar de Novo- Creche Monteiro Lobato. O TCE aponta impropriedade detectada pela Fiscalização, relativa à falta de prestação de contas dos recursos públicos concedidos à entidade. Além disso, a organização havia deixado de prestar contas ainda no ano anterior ao registro, 2009. "Agrava a situação o apontamento da Fiscalização de que a entidade havia sido desativada desde 3 de novembro de 2009, mesma data do encerramento do convênio (com o município), e o repasse, ora analisado, ocorreu em data posterior".
Conforme noticiado em abril, o Esporte Clube Ferraz também ainda não apresentou relatório das atividades desenvolvidas com o dinheiro público. Há nove anos, o órgão recebeu R$ 682 mil. Atualmente, em toda a região, há cinco associações esportivas que tiveram os recursos suspensos.
As escolas de samba também se mantêm na lista suspensa, a exemplo das organizações Liga Poaense das Escolas de Samba de Entidades Carnavalescas e o Bloco Carnavalesco Vai Quem Quer Futebol e Samba, esta última em débito deste 2007, quando recebeu R$ 8,8 mil.