O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) apontou dois novos casos de Covid-19 em uma escola da rede estadual em Suzano. Segundo o sindicato, dois professores foram infectados pela doença.
Segundo a diretora estadual da Apeoesp e coordenadora da subsede de Suzano, Ana Lúcia Ferreira, os casos ocorreram nesta semana. “Os dois últimos casos aconteceram nesta semana, com dois professores. Há outros professores que voltaram e que precisaram se afastar. Mas os mais recentes são esses”, disse Ana Lúcia.
O posicionamento do sindicato em relação ao retorno das aulas presenciais continua o mesmo, segundo Ana Lúcia. “Mantemos a mesma posição. Retorno presencial só depois que todos estiverem imunizados”, afirma.
Seduc
Desde o período de 2 a 31 de agosto 4.519 notificações foram registradas 4.519 notificações no Sistema de Informação e Monitora, segundo a Secretaria da Educação de São Paulo (Seduc). No total, 1541 foram descartados e 69 inconclusivos. Outros 1.161 estão em investigação. Ainda segundo a pasta, há 1.748 casos prováveis, sendo: 1.040 de alunos, 651 de funcionários e 57 de trabalhadores terceirizados.
Questionada sobre os casos mencionados pela Apeoesp, a pasta não havia respondido até o fechamento desta reportagem. O DS aguarda o posicionamento do órgão.
Opinião
Os pais dos alunos ainda se preocupam com a pandemia. No entanto, eles ainda preferem as aulas presenciais. É o caso de Jaqueline Martins. “Meus filhos estão estudando no presencial. Claro que ainda há preocupação com contágio, mas na escola ele aprende muito mais”, disse Jaqueline.
Mesma visão de Suelen Farias. Ela parou de trabalhar pois não tinha com quem deixar os filhos. Além disso, é nas aulas presenciais que os estudantes aprendem mais. “Agora está mais tranquilo. Estão todos indo para a escola. Não tem comparação. Na sala de aula é melhor”, conta.
Para a autônoma Giselle Tatiane dos Reis, de 41 anos, os alunos se distraem muito em casa. “Os pais acabam fazendo a lição de casa. Com isso eles aprendem menos”, opinou.
Giselle não tem filhos, mas é tia. Ela conta que os pais dos sobrinhos ainda temem o vírus. Por isso optaram por não deixar os filhos irem à escola. Somente a vacinação das crianças fariam os pais mudarem de ideia. “As crianças têm muito contato com os avós. Além disso, eles não estão vacinados. Então eles preferiram esperar o próximo ano. Se as crianças tivessem tomado a vacina, eles mudariam de ideia”, finalizou.
Protocolos
A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) afirmou que as escolas da rede seguem os protocolos sanitários de prevenção contra o novo coronavírus (Covid-19). Além disso, a pasta garante estar acompanhando os casos “prováveis” de infecção em uma escola estadual de Suzano.
De acordo com a Seduc, os ambientes das unidades de ensino são controlados. Os alunos são recebidos conforme a capacidade. Além disso, é obrigatório o uso de máscara, álcool em gel, medição de temperatura e o distanciamento mínimo de 1 metro entre as carteiras.
A pasta ressaltou a imunização dos professores e profissionais da educação como garantia de “proteção de todos os envolvidos nesse processo”. A vacinação da categoria começou no dia 10 de abril.
Segundo o órgão, os casos prováveis recebem o acompanhamento por meio do Sistema de Informação e Monitoramento da Educação para a Covid-19 (Simed). Os dados são atualizados periodicamente. A pasta informou ainda que “as autoridades municipais de saúde estão sendo notificadas a respeito”.