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Cidades

Apeoesp não acredita na volta das 45 escolas estaduais em outubro

Para a diretor-executiva da Apeoesp, os diretores de ensino não vão querer arriscar com esse retorno

11 agosto 2020 - 21h44Por Carolina Rocha - de Suzano
A diretora-executiva do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Ana Lúcia Ferreira, não acredita que diretores das 45 escolas de Suzano vão retornar com as aulas presenciais em outubro. A nova data foi anunciada pelo governo do Estado.
 
“Se eu fosse diretora, eu não abriria a minha escola. Não assumiria essa responsabilidade que é do Governo do Estado. Acredito que nas 45 escolas estaduais em Suzano, os diretores não vão querer arriscar e não vão aceitar essa proposta absurda. Se uma criança se contaminar e vier a falecer, quem vai responder por isso?", questionou.
 
Na semana passada, o Estado divulgou o adiamento das aulas da rede estadual, de 8 de setembro para 7 de outubro. Escolas privadas e públicas que estiverem em regiões que estão na fase amarela há pelo menos 28 dias, essas poderão reabrir no dia 8 de setembro para reforço escolar, recuperação, tutoria e atividades esportivas. 
 
Para a diretora-executiva, a medida é irresponsável e não leva em consideração a realidade e condições das escolas estaduais.
 
"É um erro. O governador e o secretário não são autoridades de saúde e muito menos sanitárias para decidir isso. São irresponsáveis, jogando essa decisão para os diretores. As escolas não têm estrutura para receber os alunos. Querem arrumar um problema de 25 anos de gestão em um mês", critica Ana Lúcia.
 
Na proposta de reabertura para essas unidades, as escolas deverão seguir regras, tanto de distanciamento social quanto de capacidade. 
 
Para a educação infantil e ensino fundamental nos anos iniciais, até 35%. 
 
Já para os anos finais e ensino médio, será permitido até 20% da capacidade. A decisão da reabertura será das diretorias, mediante processo de escuta da comunidade escolar.
 
Ainda na semana passada, o governo estadual apresentou o material que será enviado para todas as escolas da rede. São produtos como máscaras de tecido (12 milhões de unidades), sabonete líquido (220 mil litros), face shields (300 mil unidades), copos descartáveis (78 milhões de unidades), termômetros a laser, álcool em gel, totens com o produto e papel toalha.

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