O aumento na procura por agulhas e seringas para a campanha de vacinação de combate à Covid-19 já está fazendo as farmácias de Suzano se movimentarem para reforçar seus estoques. O Ministério da Saúde vai abrir novo edital de compra de agulhas e seringas para alcançar a meta de 330 milhões de insumos, dessa vez pagando valores mais altos do que no último pregão. Com isso, farmacêuticos já preveem a falta e o aumento no valor dos itens nos próximos meses.
Nesta semana o DS foi às ruas ouvir os funcionários de farmácias e drogarias da cidade, e segundo eles, as mudanças para conseguir a compra dos produtos já estão mais difíceis.
“Normalmente, a empresa fornecedora de agulhas e seringas nos vende os produtos à 10 centavos na unidade, agora, já estamos comprando à 50 centavos. É um aumento que representa o tamanho da procura e a falta de matéria prima”, relatou o farmacêutico André Dias.
O reforço nos estoques se deve ao uso da própria drogaria, que realiza aplicações. De acordo com André, as buscas por seringas e agulhas não são comuns por parte dos clientes. “Dificilmente as pessoas veem comprar para se auto medicar. Na verdade, para você fazer uma aplicação é necessária uma receita médica. Então por isso, esse tipo de venda não é tão comum”, explicou.
Em outra farmácia visitada pelo DS, o gerente Roberto Souza relatou que a procura pelos materiais de aplicação também não é comum por clientes.
Ele também fez críticas às empresas fornecedoras que estão se aproveitando da situação para lucrarem. “É triste que algumas empresas estejam se aproveitando para aumentarem os valores desses materiais, que são tão importantes. O estoque está feito, mas prevejo que não serão os mesmos valores na próxima compra”, lamentou.
Vacinas
Conforme publicado na edição impressa desta quarta-feira (6), o Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) assinou nesta terça, um protocolo de intenção para compra de vacinas para imunizar 5% da população do Alto Tietê. São entre 300 mil e 350 mil doses da vacina contra o novo coronavírus (Covid-19).
Trata-se de uma "possibilidade" de compra coletiva de vacinas que, neste caso, não estão incluídas na quantidade que será cedida pelo Estado para imunização em massa.