A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos a partir do cultivo do eucalipto, pretende intensificar a inclusão da Pessoa com Deficiência (PCDs) em todas as frentes de operação do Brasil. A ação é uma iniciativa do Grupo Plural PCD, cujo objetivo é promover a diversidade dentro e fora das unidades da empresa no País.
De acordo com Eduardo Leindecker Steiernagel, consultor de Gente e Gestão e um dos responsáveis pelo Grupo de Afinidade PCD na Suzano, a diversidade hoje faz parte da construção da estratégia e cultura da Suzano e está expressa, inclusive, nos compromissos assumidos pela empresa com o mercado.
Para impulsionar o tema, as ações estão estruturadas em diversas frentes, desde o mapeamento e reconhecimento de gaps atuais, alocação dos colaboradores PCDs no centro das discussões e criação de estrutura dedicada para as construções de diversidade e inclusão na área de RH, além dos grupos de afinidades com representantes de todas as diretorias da empresa. “Enxergamos enorme valor e necessidade acerca das discussões de diversidade, por isso, enquanto empresa, estamos em um movimento de reestruturação. Para atrair e valorizar profissionais PCDs, estamos passando por mudanças em processos internos e adaptações de nossas estruturas a fim de criar um ambiente com inclusão, acessibilidade e valorização das diferenças. Nosso maior objetivo é garantir que cada colaborador possa expressar seu potencial máximo”, destaca.
A iniciativa já tem gerado bons resultados para a companhia, que está conseguindo desenvolver e valorizar excelentes profissionais. Dentre eles, está Nara Silvia Campos Gomes, 34 anos, Analista de Gente e Gestão na Unidade Suzano. Ela é deficiente visual com visão monocular (possui visão em apenas um dos olhos). Nara entrou na Suzano em 2015, atuando, além da equipe de Gente e Gestão, na Atração de Talentos da unidade. “Não encontro nenhuma diferença no tratamento e não enxergo a minha deficiência como uma barreira para evolução profissional. Tenho plena consciência que meu potencial não está vinculado a minha condição física”.
Segundo Nara, o acolhimento da empresa foi algo especial. “Fui muito bem acolhida e nunca senti preconceito por minha deficiência. Não necessito de nenhuma adaptação com meu material de trabalho, mas isso foi uma das maiores preocupação da minha gestora na época. Tenho um ambiente de trabalho bem acolhedor quanto à minha deficiência. Na verdade, as pessoas até esquecem desse detalhe”.
Ela ainda afirma que é sempre preciso romper as barreiras e se fortalecer nas dificuldades. “Todas as pessoas, independente de deficiência, gênero, etnia, são capazes de se desenvolver profissionalmente. Antes de mudar o ambiente físico, precisamos mudar nosso pensamento e deixar os preconceitos de lado. O potencial depende da força de vontade de cada um”, diz Nara.
Ainda de acordo com Eduardo, a Suzano também iniciou uma ação intensiva de busca por candidatos PCDs. “Por meio de parcerias com consultorias, estamos indo atrás desses candidatos em potencial para mostrarmos a nossa empresa, os nossos valores e falar sobre processos seletivos em andamento”.