A Prefeitura de Suzano instalou alarme sonoro e botão de pânico em todas as 75 escolas municipais da cidade. A medida foi adotada após a tragédia da Raul Brasil e é considerada uma das principais realizadas pelo Executivo suzanense nas escolas.
O alarme tem como objetivo aumentar a sensação de segurança nas escolas e preservá-las, principalmente quando estiverem fechadas. Já os botões de pânico foram instalados para serem acionados em situações de emergência. Ambos estão integrados à Central de Segurança Integrada (CSI) da cidade, inaugurada em maio de 2019.
Diversas outras ações foram citadas pelo prefeito Rodrigo Ashiuchi (PL). Estratégias para identificar possíveis terroristas e capacitação aos professores, para que conseguissem identificar casos de bullying nas escolas, foram algumas delas.
Além da instalação dos alarmes e botões de pânico, portões com grades secundárias foram instalados nas unidades escolares. A ideia foi criar uma barreira de acesso à unidade, controlada pelo agente de segurança escolar.
Policiais da reserva
Uma das propostas que mais causaram polêmica na época foi a de policiais nas escolas. Neste caso, os militares atuariam na parte administrativa das unidades de ensino da cidade. A ideia foi repassada às autoridades estaduais e federais pela Prefeitura, mas não chegou a ser colocada em prática.
A ideia dividiu opiniões. Muitas pessoas e entidades se posicionaram contrárias ao projeto, como o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Na época, o sindicato alegou que "escola não era lugar de polícia" e que "alguns países têm isso, e se mostrou ineficiente".
A administração suzanense, então, optou por capacitar os agentes de segurança escolar da cidade e contratar mais 20 profissionais, que se juntaram aos que já atuavam, chegando a 92 agentes nas escolas do município. Assim, a Prefeitura completou o quadro e todas as escolas municipais passaram a contar com o profissional.
Os funcionários receberam treinamento da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) e da Guarda Civil Municipal (GCM). Em uma espécie de "atualização", os profissionais aprenderam técnicas de segurança, rotinas e procedimentos para diversas situações, bem como para a necessidade de identificar possíveis agressores.
Prevenção
Capacitar funcionários da rede municipal para encontrar a raiz do problema foi uma aposta da Prefeitura que, em parceria com o Instituto Cultiva, também implantou o projeto "Prevenir a Violência Escolar" em Suzano.