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Cidades

Greve dos Correios deve afetar 700 trabalhadores, estima sindicato

Paralisação pode ocorrer no próximo dia 17; sindicato acusa retirada de direitos. Estatal fala em "ajuste de benefícios"

03 agosto 2020 - 22h20Por Daniel Marques - de Suzano
Funcionários dos Correios do Alto Tietê querem realizar uma greve, por conta de uma liminar cedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à estatal, que permite a alteração no dissídio dos profissionais da empresa. Cerca de 700 trabalhadores das 10 cidades da região seriam afetados. Entre 10 mil e 15 mil correspondências registradas, encomendas e Sedex, além de 200 mil cartas simples deixariam de ser entregues.
 
A greve está prevista para acontecer no dia 17 de agosto, caso os Correios não voltem atrás na decisão. O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Correios e Telégrafos (Sintect) questiona a imposição de apenas nove das 79 cláusulas do acordo coletivo e a redução do prazo do acordo – anteriormente, válido para 2021 e que, agora, venceu em 31 de julho. 
 
O julgamento da liminar ocorrerá no próximo dia 14. Segundo o diretor de base do Sintect no Alto Tietê, Milton de Jesus Miguel, uma assembleia será realizada no dia 17 e, caso seja deflagrada, a greve iniciará às 22 horas do mesmo dia.
 
“Estamos contando que o STF reveja sua posição. Esperamos que no dia 14, quando começar a votação dessa liminar, que eles voltem atrás e a derrubem, a favor dos trabalhadores. Caso não aconteça, vamos pedir para que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) entre nesta briga com a gente, para que possamos fazer com que a empresa reveja essa situação. Queremos que fique uma negociação boa para a empresa e funcionários. A imposição das nove cláusulas é boa só para ela”, afirma o diretor.
 
Segundo Miguel, entre os benefícios perdidos pelos trabalhadores estão o adicional de risco, tickets de refeição e alimentação, ajuda de custo para profissionais que têm filhos com deficiência, entre outros.
 
“A empresa quer impor apenas nove cláusulas, se baseando apenas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Perdemos todas as nossas conquistas de mais de 30 anos”, lamentou o diretor.
 
Em nota, os Correios informaram que a proposta da empresa é para “fortalecer suas finanças com a adequação dos benefícios dos empregados à realidade do País e da estatal”. Segundo a empresa, a ideia não é de suprimir direitos dos empregados, mas sim, ajustar os benefícios de acordo com o que está previsto na CLT e outras legislações.
 
“Tendo em vista a realidade financeira da empresa, com um cenário de dificuldades que tem se agravado a cada ano, os Correios precisam se adequar não só ao que o mercado está praticando, mas, também, ao que está previsto na legislação”, informou a estatal.
 
A empresa também disse que houve um “compartilhamento de informações inverídicas”, e que a federação que sinalizou uma paralisação, o fez com o intuito de “provocar confusão”.
 
O DS entrou em contato com o gabinete do ministro Dias Toffoli, que, segundo o Sintect, foi quem concedeu a liminar aos Correios. 
 
Mas até o fechamento da reportagem, não obteve resposta.

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