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Jornal Diário de Suzano - 29/01/2025
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Cidades

Por falta de recursos, Cravi encerra 80% das atividades

Atendimentos continuam por um profissional de psicologia e um de direito

28 janeiro 2025 - 08h00Por Gabriel Vicco - de Suzano
O Centro de Referência e Assistência à Vítima (Cravi) de Suzano terá 80% de suas atividades encerradas por falta de recursos financeiros. 
 
O comunicado foi feito pela Associação de Assistência à Mulher, ao Adolescente e à Criança Esperança (Aamae), que mantinha os serviços com recursos próprios, na última sexta-feira (24).
 
De acordo com o comunicado, a decisão foi tomada “em virtude da falta de celeridade na liberação do edital do Cravi para a continuidade dos serviços prestados e da ausência de um parecer favorável por parte da Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo”.
 
A partir da data do documento, os trabalhos serão mantidos por dois profissionais: um da área da psicologia e um do direito. O comunicado ainda explica que os custos desses profissionais são cobertos por recursos de emenda parlamentar. Foi informado que os casos atendidos atualmente serão encaminhados para atendimento nos equipamentos da rede.
 
A Aamae estava mantendo os serviços do Cravi desde novembro do ano passado, quando o convênio com a Secretaria de Estado de Justiça se encerrou. “Na prática, não muda nada para os usuários, é mais uma questão de gestão”, explicou à época a coordenadora do Cravi, Alessandra Roberta, em entrevista ao DS.
 
A associação lamentou a necessidade do fechamento parcial dos trabalhos do Cravi e reiterou que buscou “em todo momento soluções viáveis e respeitosas, que considerassem a situação de vulnerabilidade e a dor dos usuários do serviço”.
 
A coordenadora do Cravi de Suzano, Alessandra Roberta, afirmou ao DS que o centro é o mais bem avaliado nas pesquisas de satisfação feitas pela pasta estadual. Apesar disso, é necessária a publicação do edital para que a Secretaria de Justiça e Cidadania de São Paulo possa ajudar o Cravi financeiramente.
 
“Será uma grande perda para Suzano e Alto Tietê, pois contamos com uma equipe altamente qualificada para atendimento dessa demanda, que além de atendimento individual, realiza ações no território e grupos psicoterapêuticos”, disse Alessandra Roberta.
 
A Secretaria da Justiça e Cidadania (SJC) informou que o serviço não foi interrompido e através de emenda parlamentar estadual destinada para a AMAAE, o atendimento é mantido, de segunda a sexta-feira, das 8h às 19 horas, com um psicólogo e um advogado, “até que a SJC conclua os trâmites do chamamento público de entidades para continuidade nos atendimentos prestados por meio do Centro de Referência e Apoio à Vítima (Cravi) à população”.

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