O resumo do Relatório de Qualidade das Águas (IQA), divulgado nesta sexta-feira (2) pela Companhia Ambiental do Estado (Cetesb), apontou que os rios da região apresentam uma avaliação 'ótima' e 'boa'. Isso, de acordo com o estudo, impactou para o ressurgimento morno de animais no Rio Tietê. Há ainda um apontamento importante a se destacar: a região tem uma carga preocupante de despejo de esgoto doméstico, em especial no reservatório Taiaçupeba.
A pesquisa realizada na cabeceira do rio Tietê - compreendendo os reservatórios de Ponte Nova, Biritiba Mirim, Jundiaí e Taiaçupeba - atestou que o IQA manteve os mesmos índices de relatório semelhante em 2017. Contudo, a região não escapou de manter-se bem neste relatório. O estudo mostra que a qualidade da água no trecho do rio Tietê, em Biritiba Mirim, é classificado como ruim, devido aos baixos valores de oxigênio dissolvidos em metade das campanhas realizadas.
Tal cenário de qualidade satisfatória, porém, é contrastado ao fato de a região, que está inclusa numa bacia agrícola, estar numa situação de atenção quanto o despejo de esgoto doméstico do qual tem como consequência a degradação hídrica. Um exemplo dado neste resumo é o reservatório Taiaçupeba, em Suzano.
“O pH, levemente ácido, atende ao padrão de qualidade para rios Classe 2 durante 83% do ano. Os valores de Oxigênio Dissolvido são muito baixos no período chuvoso, apresentando uma melhora no período seco. No entanto, atendem ao padrão de qualidade em apenas 5% dos resultados”, explica o relatório.
A pesquisa indica, de modo moderado, o ressurgimento de animais, como aves e peixes no rio Tietê. Porém expõe que, em 2018, a região está inclusa, junto com as bacias Piracicaba-Jundiaí-Capivari e Sorocaba-Médiotietê, na concentração de 41% das ocorrências registraras de mortandade de peixes no Estado.
De acordo com o Estado, no ano passado, a qualidade das águas do rio Tietê, no trecho localizado na cidade de Pirapora, para onde converge todo escoamento dos municípios que formam a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), pela primeira vez nos últimos 5 anos apresentou uma melhora do IQA, passando de Péssimo para Ruim, com um um decréscimo de 20% na carga orgânica que é exportada para o Médio Tietê.
Os menores índices pluviométricos, verificados nesta bacia em 2018, auxiliaram, também, na redução desta carga poluidora, em função do menor arraste de poluentes causados pelas chuvas.
As captações de água bruta, utilizadas para abastecimento público, em 80% dos pontos, foram classificadas nas categorias Ótima, Boa e Regular, de acordo com o índice específico (IAP). O Relatório completo será publicado no segundo semestre de 2019.