Valterli Martinez contabilizou lojas fechadas e perdas de empregos - (Foto: Isabela Oliveira/DS)Mais de oito mil pessoas perderam seus empregos em definitivo no comércio durante os primeiros meses de pandemia no Alto Tietê.
Dados do Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes e Região (Sincomércio) apontam ainda que, até o mês de julho de 2020, cerca de cinco mil comércios haviam fechado oficialmente na região.
As informações foram divulgadas pelo presidente do Sincomércio, Valterli Martinez, durante o DS Entrevista.
O número de desempregados chegou a bater 12 mil de imediato, enquanto quatro mil lojas foram fechadas com o “baque” da pandemia.
“O comercio já não estava com uma boa venda em 2019. Pensávamos que teria um crescimento muito grande de 2019 para 2020. Até ocorreu, mas não foi como esperado. O comerciante teve problemas nestes anos. Quando a pandemia chegou, em março, eles não tinham aporte para manter aluguel e funcionários. O custo era muito alto”, avaliou Martinez.
Ainda de acordo com o presidente, muitos comércios fecharam em definitivo – algo em torno de 30% -, enquanto outros passaram a vender pela internet. Houve ainda gente que mudou de categoria, mas manteve comércio funcionando.
Para auxiliar os trabalhadores que tiveram dificuldades, o sindicato também adotou algumas ações, inclusive em parcerias com as prefeituras da região.
O presidente também falou sobre a situação atual do comércio após as mudanças de fase pela qual a região passou no Plano São Paulo de flexibilização. Ao longo da pandemia, o sindicato se posicionou favorável ao aumento do tempo de abertura do comércio.
“A situação melhora muito com a fase amarela, porque a gente consegue trabalhar com mais segurança. Com mais tempo disponível, o custo é o mesmo, mas os comerciantes conseguem absorver sua clientela com um intervalo maior de tempo”, declarou, reforçando que isso ajuda a reduzir aglomerações.
