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Jornal Diário de Suzano - 18/09/2024
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Cidades

Sindicato aponta déficit de 14,3 mil policiais civis e pede valorização

Na contramão de diversos outros Estados, como o Paraná, São Paulo continua pagando mal a Polícia Civil

15 setembro 2024 - 09h00Por Da Reportagem Local

Mesmo com a nomeação de 4.017 novos agentes em maio de 2024, a Polícia Civil do Estado de São Paulo continua enfrentando constante evasão de profissionais. Para se ter ideia da situação, 133 policiais deixaram a instituição apenas em julho de 2024. Isso ocorre, principalmente, porque São Paulo está entre os Estados que pior pagam a Polícia Civil, o que tem trazido grande desestímulo aos servidores e resultado em constantes pedidos de exoneração e de aposentadoria. O alerta é do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp).

Dos 41.912 cargos previstos para a Polícia Civil paulista, 27.569 estavam ocupados e 14.343 vagos em julho deste ano. Os dados são do Defasômetro – instrumento utilizado pelo Sindicato dos Delegados para monitorar os Recursos Humanos (RH) da Polícia Civil, com base no Portal da Transparência do governo paulista. 

Se o ritmo de baixas registradas em julho de 2024 (133) se mantiver, “até o final de 2026, quando terminará o mandato do governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), serão quase 4 mil policiais civis a menos, tornando, praticamente, inócuas as nomeações de 2024”, como destaca a presidente do Sindpesp, delegada Jacqueline Valadares:

“A contratação de novos servidores é necessária. Contudo, medidas concretas precisam ser tomadas para a retenção dos aprovados nos concursos, especialmente quanto às atuais condições remuneratórias e de trabalho de nossos policiais civis. Somente com essas ações será possível atrair mais talentos para a instituição e aliviar a sobrecarga dos agentes em atividade, prestando o serviço que a sociedade merece e necessita”, destaca.

No Estado do Paraná, o governador Carlos Roberto Massa Júnior (PSD), o Ratinho Júnior, apresentou um plano com critérios técnicos de valorização dos policiais civis logo no início de sua gestão e definiu melhorias a serem colocadas em prática até o término do mandato, com reajustes remuneratórios efetivos. 

“São Paulo, por outro lado, continua pagando mal aos seus agentes, embora a gestão de Tarcísio tenha se comprometido a valorizar a Polícia Civil durante a campanha eleitoral de 2022 e nos primeiros meses do governo. O receio da instituição é que o compromisso fique só no campo das promessas”, disse. 
Jacqueline lembra que o governador ainda não apresentou propostas efetivas de reestruturação dos salários e da carreira aos servidores da Polícia Civil.

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