Expectativa de aumento nas vendas com novas flexibilizações em Suzano - (Foto: Regiane Bento/DS)A flexibilização total dos estabelecimentos comerciais a partir desta terça-feira (17), é vista com otimismo entre os comerciantes do Alto Tietê. Com a chamada “Retomada segura”, que suspende as restrições de horário de funcionamento e de ocupação dos comércios, a expectativa do Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes e Região (Sincomércio), é que as vendas tenham um aumento de até 20% no segundo semestre na comparação com 2019.
Naquela época, a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) ainda não era motivo de preocupação e prejuízos dos setores, já que as lojas podiam funcionar com 100% da capacidade e sem restrições.
Com o retorno da normalidade no atendimento, mas ainda condicionado à obrigação das máscaras, distanciamento e protocolos sanitários, o presidente do Sincomércio, Valterli Martinez, projeta bons resultados para o segmento no segundo semestre.
“O comércio já está em retomada com as últimas flexibilizações que aconteceram. Ainda é prematuro projetar em dados o aumento nas vendas com a liberação total, mas estamos considerando um segundo semestre superando em até 20% as vendas de 2019, ou no mínimo se igualando”, explica Valterli.
A estimativa é baseada nos índices já registrados nas últimas semanas. No início do mês de agosto, por exemplo, o governo estadual havia concedido o aumento de 80% na ocupação dos estabelecimentos com possibilidade de funcionamento até a meia-noite.
De acordo com Valterli, apesar das recentes flexibilizações, é de extrema importância que todos os cuidados necessários continuem sendo tomados por todos, desde comerciantes à clientes.
“É como uma criança que passa a ter mais liberdade com os pais, mas precisa demonstrar e ter responsabilidade. A pandemia ainda é realidade, mesmo com o avanço da vacinação”, lembra.
Na retomada, a expectativa também fica alta a respeito da recuperação dos empregos. Desde o início da pandemia, o sindicato calcula que pelo menos 14 mil pessoas ficaram desempregadas na região. A esperança é retomar pelo menos 50% das vagas até janeiro de 2022. “É um movimento que ocorre quase que de forma natural. Com o aumento das flexibilizações há o aumento na demanda para atendimento, então as vagas serão retomadas aos poucos. Até janeiro, calculamos que pelo menos 50% dos que perderam o emprego voltem a trabalhar”, estima. Além disso, o presidente da entidade destaca o fator pandemia no método de venda, já que, mesmo diante da liberação, clientes podem preferir continuar comprando via internet.
