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Jornal Diário de Suzano - 07/09/2024
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Cidades

Suzanenses transformam suas casas em abrigos para cães e gatos abandonados

Ambas cuidam de gatos e cachorros recolhidos na própria casa, a fim de zelar pela segurança dos animais

24 setembro 2017 - 13h05Por Marília Campos - De Suzano
O amor ao bichinho de estimação pode tomar proporções inimagináveis para algumas pessoas, como as suzanenses Roberta Pezzuol e Tania Aparecida Martins Mansano de Abreu. Ambas cuidam de gatos e cachorros recolhidos na própria casa, a fim de zelar pela segurança dos animais até que encontrem um novo lar de adoção. O trabalho voluntário precisa de doações de recursos para se manter.
 
Roberta participa do grupo 'Protetores de Animais de Suzano' com aproximadamente mais 20 voluntários espalhados por toda a região. Os integrantes disponibilizam as próprias casas para servir de lar temporário aos animais resgatados. "Há quase cinco anos a gente cuida e leva os bichinhos às feiras de adoção aos finais de semana. Já foram 2.818 adoções realizadas deste então. Atualmente, estamos fixos na Casa de Ração Pronto VET todos os sábados, a partir das 10 horas. O local de adoção fica na Avenida Mogi das Cruzes, 111, no Jardim Imperador", diz. 
 
A voluntária conta que os animais são castrados quando atingem quatro meses de vida, para evitar crias e o aumento da população de bichos abandonados na cidade. Porém, o procedimento custa, em média, R$ 100. "A castração de um cachorro pesando 10 quilos sai no mínimo por R$ 80. Para custear isso precisamos de doações, seja em dinheiro ou prendas para rifas. Ainda contamos com parceria em clínicas veterinárias, mas ainda assim é difícil manter". 
 
Hoje, Roberta tem apenas cinco animais em sua residência. Ela explica que recentemente precisou interromper os acolhimentos para se dedicar à conquista de parcerias. 
 
"Cada um tem uma missão na Terra, e a minha é cuidar de animais. Faço por amor. Devido a muitos pedidos, há três meses solicitei a ajuda da Prefeitura, mas ninguém pode dar nada. Este intervalo que tive que parar só prejudicou o número de animais precisando de abrigo. Tenho que andar com as minha próprias pernas". 
 
A dona de casa Tania Aparecida diz que a vocação pelo cuidado surgiu pelo exemplo materno. A mãe, dona Febronia, já acolhia os bichinhos em uma chácara. Porém, após seu falecimento, a família teve que vender a propriedade. A filha então passou a abrigar os animais na própria residência, no bairro Casa Branca, e atualmente cuida de 21 gatos e 15 cães. "Já participei de organizações, mas hoje eu faço tudo sozinha. Acabo pedindo ajuda para amigos protetores e sou parceira do Projeto Adote Suzano (PAS) para manter meu quintal. Já cheguei a ter quase 50 animais, entre gatos e cachorros, quando atendia como lar temporário". 
 
Tania cuida sozinha dos animais durante todo o dia, conta apenas com o apoio de Josefa, uma senhora que vive na mesma casa. 
 
"As pessoas querem adotar filhotes bonzinhos e saudáveis, então a gente costuma doar castrados e vacinados até dois anos. São uma eterna criança e é preciso ter paciência para cuidar, só quem ama mesmo". 
 
A maior dificuldade é encontrar um lar para os animais mais velhos. "Já tive casos de doar vira-lata velho, bichinho que ninguém quer. E é o que mais aparece quando as pessoas jogam animal na frente de casa. Por isso evito divulgar meu acolhimento, porque assim ainda mais pessoas vão se desfazer dos bichos". 

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