A Prefeitura de Suzano contratou cerca de 139 professores neste ano, que estão sendo convocados mediante aprovação no concurso público realizado em abril. Atualmente, o número total de docentes existentes na rede municipal chega a 1.327, que se dividem entre as 82 escolas administradas pela cidade. Os professores recebem em média R$ 2.250. Hoje é comemorado o Dia do Professor. Do número de docentes, 467 atuam na Educação Infantil, 787 no Ensino Fundamental, além de 73 professores adjuntos que atuam em ambos os segmentos. Desde 2013, Suzano realizou dois processos seletivos e dois concursos públicos envolvendo a Secretaria de Educação. Destes voltados para contratação de cozinheiro escolar, auxiliar de desenvolvimentos educacional, motorista de transporte escolar e de professores. Outra cidade da região que também realizou concurso voltado para contratação de professores foi Mogi das Cruzes. As provas ocorreram no mês passado. Já foram convocados 584 professores de Ensino Fundamental I e 267 professores de Educação Infantil. Atualmente, a cidade conta com 1.453 profissionais na área municipal de Ensino. Sendo 401 professores de Educação Infantil, 829 de Ensino Fundamental I, 92 de Ensino Fundamental II, além de 111 diretores e 20 supervisores. Mogi conta com 115 escolas municipais. O salário da rede mogiana varia entre R$ 2.137, para professor de Educação Infantil com carga horária de 20 horas semanais e R$ 5.081 para professor II de Ensino Fundamental, trabalhando 40 horas semanais. Segundo o sociólogo Afonso Pola, a Educação precisa ser valorizada por todos os segmentos da sociedade. "Se nos pautássemos só pelo discurso, a Educação do Brasil seria a melhor do mundo. Todos que tem voz na sociedade sejam políticos, empresários, e outras figuras públicas, dizem que a Educação é prioridade. Mas se o discurso fosse verdade, a situação não estaria como está. É a Educação que permite que a nação dê um salto no desenvolvimento tecnológico, de cidadania, social e econômico". EDUCAÇÃO ESTADUAL Para o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoep), apesar de hoje ser o Dia dos Professores, não há o que se comemorar. A coordenadora da subsede e diretora estadual do sindicato, Ana Lúcia Ferreira, diz que, pelo menos, para docentes da rede estadual o dia é de luta contra o descaso com a educação. "Uma categoria doente por causa do estresse, da jornada de trabalho, dos péssimos salários. Com isso, cada vez mais surgem professores desmotivados. Nosso problema não são os alunos, mas o desrespeito que o governo tem com a classe. Mas mesmo assim, achamos que vale a pena ser professor e que nossa profissão é muito importante para a formação da sociedade", disse. De acordo com a dirigente regional de Ensino de Mogi, Rosânia Morales Morroni, o Estado assim com a diretoria trabalha a todo o momento para a valorização do magistério, dos profissionais da Educação e dos alunos. "Em todo o Estado, o salário passou de R$ 1.665 em 2011 para R$ 2.415, em 2014, para docentes que trabalham com carga de 40 horas semanais. O valor é 26% acima do piso nacional, que é de R$ 1.917. E ainda trabalhamos com gratificações incorporadas por mérito e por tempo de serviço". Ela disse ainda que atualmente, a rede estadual de Ensino possui cerca de 10 mil professores e que o número é suficiente para atender as unidades escolares. "Não temos problema de falta de professores. Temos sim professores temporários que acaba atuando como eventuais, mas o objetivo é sempre ter o titular na escola”. Em relação ao assunto da divisão das escolas por faixas etárias, a dirigente ressaltou que a propositura é boa e que o único foco é o desenvolvimento dos alunos. A dirigente ressaltou ainda que as escolas segmentadas facilitam a gestão e evita desgastes da equipe. Além de aumentar o aproveitamento escolar do aluno. "Estudos internos mostram um aumento de 10% no rendimento escolar de alunos que estão em escolas segmentadas”.