Suzano é o principal exportador da região, respondendo por 68,2% das exportações. Dados da balança comercial, divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio apontam que dos US$ 593,7 milhões exportados nas dez cidades do Alto Tietê, US$ 404,64 milhões são de Suzano. O segundo maior exportador é Mogi das Cruzes, responsável por 21,5% da região. O município suzanense também é o principal importador da região, respondendo por 58,9% de todos os produtos importados do Alto Tietê. Mogi das Cruzes, mais uma vez, aparece em segundo, com 27,6% das compras no mercado global. A importação representa ao todo US$ 980,87 milhões, sendo que somente Suzano é responsável por US$ 577,66 milhões. RANKING O Alto Tietê permanece na 22ª posição em ranking sobre a participação de 39 regiões industriais paulistas no acumulado de janeiro a setembro de 2015. A colocação é a mesma registrada no primeiro semestre, porém, duas posições inferiores ao mesmo período do ano passado, quando a movimentação no comércio exterior foi maior. A lista foi elaborada pelo Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas (Depecon) em conjunto com o Departamento de Relações Exteriores (Derex) do Centro e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp/Fiesp), a partir de dados do ministério. A remessa de produtos ao exterior dos oito municípios que compõem a Regional do Ciesp Alto Tietê no acumulado de janeiro a setembro de 2015 caiu 15,2%, em relação ao mesmo período de 2014, passando de US$ 700,3 milhões para US$ 593,7 milhões. As importações caíram 23,2%, passando de US$ 1,28 bilhão para US$ 980,9 milhões, entre o acumulado de janeiro a setembro de 2014 e o mesmo período de 2015. A corrente de comércio regional teve retração de 20,4%, indo de US$ 1,98 bilhão para US$ 1,57 bilhão. "Como já era esperado, o desempenho em 2015 é pior do que o registrado em 2014. Essa queda significativa nas importações reflete diretamente a redução das atividades nas indústrias locais, já que elas utilizam insumos importados no processo de fabricação. Portanto, se estão importando menos, é porque estão produzindo em menor escala e também não estão investindo em equipamentos, em decorrência de uma série de pedaladas econômicas que tem comprometido a atividade industrial nos últimos meses e levado ao aumento das demissões de trabalhadores", avalia José Francisco Caseiro, diretor do Ciesp Alto Tietê. No caso das exportações, os resultados da balança comercial mostram que a valorização do dólar não foi suficiente para alavancar os negócios no Exterior. "O dólar aumentou, favorecendo as empresas que atuam no mercado global, mas não o suficiente; apenas para as empresas que trabalham com commodities, cujos preços subiram no mercado internacional. As demais, continuam impactadas pela situação interna, que é totalmente desfavorável e prejudica a competitividade frente a outros concorrentes do mercado global. A situação, no geral, está ruim para a indústria", conclui o dirigente.