O secretário-adjunto de Saúde, Romero Lima, afirmou que a Prefeitura está intensificando as ações contra a dengue. A cidade já registrou 44 casos da doença - 13 a menos para que seja decretado estado de alerta para epidemia. As informações foram passadas durante reunião do Conselho Municipal de Saúde (CMS). Lima garante que a situação de Suzano é melhor do que alguns municípios da região, mas que o crescente número de casos assusta. Os trabalhos de prevenção estão sendo desenvolvidos em conjunto com as secretarias de Educação, Comunicação Institucional e Serviços Urbanos. "Aqui na região já têm alguns municípios em situação de alerta, como Ferraz de Vasconcelos, Santa Isabel e Guarulhos. Eles estão no início de uma epidemia de fato, estão em uma situação mais complicada envolvendo a dengue. As circunstâncias de Suzano não chegaram a este nível ainda, mas os números estão demonstrando que logo podemos alcançar essa situação". Dos números relatados até agora, 16 casos foram contraídos dentro do município e 28 são importados. Lima explicou que para uma cidade entrar em estado de alerta, esta deve registrar 57 ou mais casos da doença. "O cenário é ruim. Mas o importante é destacar que não estamos de braços cruzados. Estamos lançando vários programas para disseminar as informações em relação a essa questão". Para tentar frear o aumento dos números e impedir uma situação epidêmica, a Secretaria Municipal de Saúde juntamente com outros órgãos elaborou diversas ações. No campo educacional, o projeto "Agente Mirim de Combate a Dengue" treinará crianças, de 9 a 12 anos, para ajudar nesta questão. O levantamento será passado para a Secretaria de Saúde. O órgão de saúde realizará ainda trabalhos para o controle de disseminação do Aedes aegypti, treinamento das equipes médicas e de enfermagem para que os casos da doença não passem despercebidos e possam ser identificados rapidamente. Agentes comunitários O conselho também levantou uma questão sobre os serviços desempenhados pelos agentes comunitários de saúde das Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF). Segundo a presidente do conselho, Ana Santana, a Ana do Badra, esses profissionais estariam desempenhando funções administrativas em vez das visitas de vigilância e manutenção da saúde aos domicílios. Lima, disse que a situação ocorre devido à situação de contingenciamento que vem ocorrendo em diversas áreas do governo. Com isso, o quadro de funcionários do Instituto Nacional de Amparo a Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Gestão Pública (INTS) de Suzano precisou ser reduzido, o que fez com que os agentes acumulassem também um papel administrativo. "Foi preciso fazer um ajuste no quadro de funcionário do INTS para manter a estratégia de Saúde da Família sem que houvesse um aumento no valor de contrato, além do que já estava sendo proposto", disse Lima. O secretário-adjunto concordou que a situação pode não ser a ideal, mas afirmou que os serviços de visitas desempenhados pelos agentes comunitários não estão sendo afetados. "Atualmente, eles são responsáveis pelo monitoramento de até 750 pessoas. Algo em torno de 150 a 200 famílias. Dividindo esse número por 20 dias úteis dá em média 10 atendimentos ao dia. Se ele se organizar para trabalhar dessa forma, ele consegue visitar tranquilamente ao longo do mês todas as famílias cadastradas", disse.