A presente narrativa foi contada por um senhor de mais de 80 anos, que conheço desde a infância. Ele garante a veracidade dos fatos:
“Voltava de viagem pela Rodovia Dutra, em 1973, juntamente com minha esposa, com a qual convivo há mais de 55 anos. Eu conduzia um fusquinha 1600, de cor branca. Como nunca gostei de dirigir, trafegava em baixa velocidade pela pista da direita. Repentinamente, um caminhão enorme cola na minha traseira, quase me empurrando. Fiquei amedrontado e acelerei o fusca, mas o enorme caminhão estava embalado e aparentemente sem carga, porque estava muito veloz. Confesso que estava desesperado e, naquele momento, prevendo o pior. Resolvi dar passagem ao apressado e joguei meu carro para a pista central. O problema, é que outro carro tent ava alcançar o mesmo espaço e eu vi apenas um clarão que ofuscou minha vista. O silêncio passou a fazer parte da cena. Após alguns minutos, olhei apavorado para minha esposa e comentei com a voz trêmula:
“Amor, acho que morremos”.
Minha mulher estava com os olhos estatelados e não conseguia dizer uma só palavra. Algum tempo se passou, não consigo precisar quanto. É como se tivéssemos voltado à estrada, que estava praticamente deserta. Depois de percorrer quase 2 quilômetros, pude ver no canteiro lateral o caminhão capotado e o outro veículo totalmente destruído, dando a impressão que todos os ocupantes ti nham falecido. Não consegui parar; era como se o carro estivesse sendo guiado por Deus. Naquele instante, forte aroma de rosas invadiu o interior do veículo. O cheiro permaneceu por quase dois dias. Lordello, não me peça nenhum tipo de explicação; realmente não sei o que aconteceu”.
Quatro anos depois, esse mesmo homem pediu à sua secretaria para reservar passagem de avião para outro Estado. No dia do embarque, na hora de realizar o check-in, o funcionário verificou que aquele bilhete era para o dia seguinte, ou seja, a funcionária havia comprado passagem para data errada. O avião estava lotado e assim não conseguiu embarcar, vindo a perder importante reunião. Ele voltou frustra do para a empresa. Ao iniciar bronca pelo erro cometido, a mulher, que estava pálida, disse:
“O senhor viu o que aconteceu com o avião que iria embarcar?”
“Claro que não”, disse o gerente geral da empresa.
E a moça explicou: logo após decolar, o avião caiu e todos os passageiros e tripulantes morreram.
Cada leitor que tire suas conclusões!