Certo dia, um Samurai extremamente orgulhoso foi visitar o Mestre Zen. Embora fosse famoso e respeitado por sua bravura, ao olhar o Mestre o guerreiro sentiu-se, repentinamente, inferior. Ele então disse ao sábio: "Por que estou me sentindo assim tão mal em sua presença? Apenas um momento atrás tudo estava bem. Quando aqui entrei, subitamente, me senti em segundo plano. Encarei a morte muitas vezes e nunca experimentei medo algum. Por que estou me sentindo assustado agora?" O Mestre falou: "Quando todos tiverem partido responderei vossa dúvida". Durante todo o dia pessoas chegavam para ver o Mestre, e o samurai, cada vez mais, ficava impaciente. Ao anoitecer, quando o quarto estava vazio, o samurai perguntou novamente: "Agora o senhor pode me explicar por que me sinto inferior em vossa presença?" O Mestre o levou para fora e disse: "Olhe para estas duas árvores, a alta e a pequena ao seu lado. Ambas estiveram juntas durante anos e nunca houve problema algum. A árvore menor jamais disse para a maior: "Por que me sinto inferior diante de você?" Esta árvore é pequena e aquela é grande - este é o fato e nunca ouvi sussurro algum sobre isso". O samurai, então, argumentou: "Isto se dá porque elas não podem se comparar", e o Mestre replicou: "Então não precisava ter me feito a perguntam, pois você já sabia a resposta! Quando você não compara, toda inferioridade e superioridade desaparecem". O pintor catalão Salvador Dali disse, certa vez, que "o termômetro do sucesso é meramente a inveja dos fracassados". Inveja é um dos 7 pecados capitais. Napoleão Bonaparte afirmava que a inveja é um atestado de inferioridade. O invejoso jamais está satisfeito consigo mesmo. Inveja é fruto da comparação com outras pessoas e pode gerar sentimento de ódio e desgosto. Diz a lenda, que na idade média, moravam em uma cidadezinha dois homens que eram inimigos mortais, sendo um deles invejoso e o outro extremamente avarento. O prefeito, inconformado com tanto ódio, mandou buscá-los à sua presença, prometendo conceder a ambos tudo que desejassem, sob a condição que o primeiro a pedir receberia integralmente o desejado e o outro receberia a mesma coisa, em dobro. Foi determinado pelo alcaide que o invejoso seria o primeiro a pedir, que, tremendamente chateado, pensou: "Puxa, meu desafeto vai receber muito mais que eu". Após refletir alguns minutos, o invejoso não teve dúvida e em altos brados disse: "Meu pedido é muito simples, quero que seja vazado um dos meus olhos". Certa vez, um homem bem sucedido disse: "Eu adoro os que me invejam, eles são os meus melhores publicitários e ainda trabalham de graça".