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Jornal Diário de Suzano - 23/11/2024
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Coluna

A Negritude fala alto no Brasil

22 novembro 2024 - 05h00

Na quarta feira passada, dia 20 de novembro, muito se falou da negritude brasileira pelo fato de se comemorar no Brasil o Dia da Consciência Negra.
Para a negritude brasileira, porém, não houve nenhuma vitória, o racismo continua no Brasil. Há campanhas e associações com homens e mulheres negras que lutam por uma sociedade nova, teimosos de igualdade e liberdade, mas infelizmente existe ainda o racismo e o preconceito.
Nos EUA aconteceu que os americanos colocaram de lado a questão racial que é muito forte, mais do que no Brasil e ao querer eleger a procuradora Kamala Harris, permitiram que a negritude falasse mais alto.
Se Kamala tivesse sido eleita presidente dos Estados Unidos, as coisas mudariam para os negros. Haveria uma política em favor da negritude, não dando, porém, cotas e bolsas, mas criando um mercado de trabalho que absorveria essa população, capacitando-a a tornar-se financeiramente independente.
Mas não há motivos para a humilhação e revolta. Todos os povos que vieram para o Brasil, livres ou escravos, são hoje cidadãos livres capazes de fazer valer o princípio fundamental: " Todos os homens são iguais".
Há, porém, no Brasil o fenômeno da miscigenação que gera mestiços e mulatos, pardos e morenos que constituem o novo formato da população brasileira. Os negros vêm de um passado sofrido, sem glórias e sem liberdade e vivem um presente e um futuro cheio de novos avanços.
Arte, música, canto, drama, dança, literatura, contato com a natureza, constituem o perfil cultural do povo negro.
Sabemos que o Brasil foi o último País do mundo a abolir oficialmente a escravidão. Por isso não é de estranhar que suas consequências ainda se façam sentir, pelo peso dos preconceitos contra a população negra, por discriminações que ainda permanecem, pelo racismo disfarçado, por situações de inferioridade social introduzidas na estrutura da sociedade brasileira e que só desaparecerão se for levado adiante um projeto de maior justiça social.
Daí a melhor maneira de honrar a cultura negra é eliminar racismo e preconceitos, bulling e ódio. Há heróis na história do Brasil que pagaram alto preço por querer uma pátria livre e justa e por querer um mundo onde todas as pessoas fossem consideradas como nobre raça humana.
Se não criarmos uma mentalidade cultural digna do ser humano, capaz de se sobrepor à mentalidade discriminatória, a diferença entre desenvolvidos e subdesenvolvidos, entre brancos e negros, ricos e pobres será maior.
Devemos caminhar para uma conscientização altamente cultural.