No cenário natalino da praça e da cidade, sobre as noites iluminadas deste Natal, desçam as bênçãos divinas para celebrar um Natal de luz, de paz e de esperança.
O Deus-criança abençoe todos os nossos sonhos, na ansiosa espera de uma vida nova que traga mais fé à nossa frágil natureza de filhos de Deus.
A beleza do querido e tradicional cenário natalino, que encanta o povo dê lugar à busca de novos caminhos, fazendo nascer nos corações e nos lares as verdadeiras alegrias abençoadas pelo Menino Jesus.
A bênção é uma ação divina, oferecida a quantos por ela e com ela querem criar um mundo melhor e uma sociedade mais justa, fraterna e solidária. Toda a narração bíblica destaca a importância da bênção na vida do povo de Israel.
Os autores bíblicos apresentam a obra divina da criação e da salvação como uma imensa bênção.
Desde o começo, Deus abençoa os seres vivos, especialmente o homem e a mulher. Mas é a partir de Abraão que a bênção divina penetra a história dos homens e da salvação.
O mesmo Abraão acolhe a bênção reconhecendo e adorando a Deus como a fonte única de todas as bênçãos divinas.
Elas manifestam-se em eventos grande e extraordinários, como no nascimento de Isaac, na saída do povo de Israel do Egito, no dom da Terra Prometida e na eleição de Davi..
A lei, os profetas e os salmos lembram essas bênçãos e ao mesmo tempo mostram como o povo agradece com hinos de louvor e de ação de graças. Todos os povos que celebram sua fé com ritos diferentes por estar seguindo religiões diversas, têm liturgias ricas de bênçãos e de invocações para pedir graças e auxílios divinos.
Na comemoração do Natal, a liturgia apresenta a imagem do Menino Jesus abençoando todas as crianças, todos os lares e as famílias. Abençoando os pastores, pessoas simples, humildes, marginalizadas e excluídas. Abençoando os Magos, gente estudada, culta, viajada e treinada a lidar com as dificuldades encontradas na busca do Menino Deus. A bênção é uma invocação, um gesto, um grito de esperança para alcançar novos tempos, nova história, novos dias de paz e de fraternidade. É uma luz que vem do céu, reacendendo a chama da fé que ainda fumega no coração do mundo. Devolve-nos o perfume da vida que nos foge e dá-nos a sensação saborosa da vitória. Dá-nos coragem para empunhar, seguros, a bandeira da luta e ter a ousadia de vencermos a travessia cotidiana que muitas vezes se faz tão dolorida, pelas graves feridas que machucam o coração. As bênçãos natalinas sejam abundantes para todos e cheguem aos espaços domésticos, sociais, administrativos e políticos. Espaços muitas vezes vazios pela ausência de Deus. Natal, sinal da gratuidade imensa e da ternura infinita de Deus-Menino, nascido em Belém, continue a derramar abundantes bênçãos sobre nós e no mundo.