Comemoraremos no dia 20 de julho, o Dia do Amigo. Este dia especial tem a sua razão de ser. De fato, nossa vida cotidiana tem muitas exigências que pedem de ser satisfeitas. Entre elas, a amizade representa uma das tantas exigências e belas conquistas do ser humano. Ao crescer, a criança descobre como é importante ter amigos e amigas. Ter a possibilidade sempre aberta de conversar com alguém, trocar informações, expressar pensamentos e emoções. Ter vivos interesses em comum que permitam enriquecer-se fazendo alguma coisa juntos.
Ter a capacidade de colocar-se no lugar do outro para entendê-lo melhor, ouvir a sua voz, saber ler a expressão de seu rosto, os gestos e os subentendidos. Na vida precisamos de amigos, de um ou de mais amigos que estejam presentes em nossa caminhada, ao nosso lado para o que der e vier.
A presença do amigo, sua luz, seu olhar, seu carinho e abraço, trazem imenso conforto e prazer para a nossa alma, força nas horas de desânimo e confiança para enfrentar desafios. A amizade contribui para o enriquecimento das relações humanas. Oferece a possibilidade de se encontrar com o outro e sentir-se acolhido na intimidade dele.
Colegas de escola, de trabalho, casais, tornam-se de repente amigos. Acontece então que nasce o desejo de frequentar a casa deles e cria-se um vínculo de apego, um círculo social.
Há amigos de trabalho, de estudo, de viagens, de vizinhança, entre membros de um clube, ou de uma associação, mas também é muito valiosa a amizade entre pais e filhos. É bom lembrar que a base de qualquer bom relacionamento é a amizade. Os pais podem tornar-se amigos dos filhos adotando um conjunto de atitudes eficazes que excluam o paternalismo, o autoritarismo o assistencialismo ou um relacionamento de indiferença , de tumulto que constituem o fracasso de uma educação construtiva. Um bom relacionamento com os filhos exige gestos de confiança, de acolhida, de partilha e treinar a difícil arte de tornar-se amigos dos filhos.
“Quem encontra um amigo, encontra um tesouro”, diz a Bíblia, “Um amigo fiel não tem preço, é imponderável o seu valor. Amigo fiel é bálsamo vital” (Ecl 6,14-16).
A Bíblia apresenta a relação de Deus com as criaturas, impregnada de admirável amizade, desde o início da criação, o homem vivia em íntima amizade com Deus.
Quem acredita na importância e na força da amizade, sabe que ao amigo não lhe cabe apenas ser amável, indulgente, compreensivo, mas cabe-lhe também nos desafiar.
Amigo é aquele que pensa diferente, provoca, questiona e desinstala, porque não quer nos ver parados, acomodados, conformados, mas deseja que estejamos sempre prontos e dispostos a lutar pela realização de nossos objetivos.
Quem tem amigos sabe que “amigo é coisa para se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração”. Sendo assim, a amizade verdadeira é rara. Por isso, os jovens estão cada vez mais solitários ou voltados apenas para uma amizade virtual.
Cada idade procura superar a solidão com amizades que apresentam características próprias, mas para serem verdadeiras devem se desenvolver dentro da visão evangélica, de compreensão, amor e virtuosa relação. Basta ser virtuoso, para ser um bom amigo.
Uma amizade madura e sincera ocorre unicamente entre pessoas virtuosas.