Homenagem à jovem Rafaella, suzanense de 22 anos, na inauguração da Clínica da Família

A cirurgia de Rafaella, há um ano, não tinha como objetivo realizar melhorias à sua aparência ou para se tornar mais bela e bonita, ela com os seus 22 anos era muito bonita. Foi eu que a batizei quando ela nasceu com uma leve distrofia, que no andar do tempo e o progredir da idade causou alterações no ritmo cardíaco ao ponto de necessitar do transplante e poder viver com o coração de um doador. 
Foi internada no Hospital do INCOR à espera que uma família doasse o coração de um membro que fosse jovem, que tinha sofrido um acidente e tido morte cerebral, para permitir à equipe médica realizar o transplante e salvar a vida dela, que estava correndo o risco de perdê-la.
Era permanente, noite e dia a esperança que animava Rafaella e seus pais em poder realizar o quanto antes o transplante. A própria equipe médica desde o tempo da internação considerava urgente realizá-lo para salvar a sua vida, cuja resistência era vista como rara, etérea e superior.
No entanto, todos, médicos e familiares, esperavam um milagre, que já estava acontecendo pois, o Hospital tinha dispositivos que a mantinha viva enquanto esperava por um doador.
Os olhos de Rafaella brilhavam de luz, de vida, de carinho para com todos e de uma extraordinária beleza juvenil.
No silêncio entre a vida e a morte foi entubada quando precisou. 
Vencer uma grave infecção pulmonar e entrou na primeira na fila para receber o órgão mais importante do corpo, que a deixaria unida para sempre à família doadora. 
Rafaella se formou em odontologia e conseguiu chegar à conclusão do Curso com seu coração que foi elevado ao limite extremo da sua função. Querido leitor, ao ler essa matéria ficará feliz por ter a atual administração de Rodrigo e Larissa Ashuchi surpreendido a família de Rafaella com a homenagem realizada na inauguração da Clinica da Família.
Visitei a jovem moça no Hospital, porque chegou a mim a voz do pai aflito, porque temia pelo fim de sua filha, mas, com as suas mãos erguidas para o céu implorava o poder divino para que a salvasse.
Pai e mãe, todos os dias olhando e vigiando ao lado da filha.
As idas e vindas cotidianas de Suzano a São Paulo, eram carregadas de preces pedindo ao bom Deus a graça para a filha viver. 
Diante de tanta fé que brilhava na vida da menina e dos pais, o dia da vitória veio, não por ter recebido o coração de um doador, mas por ter vencido a morte, a semelhança de Cristo que morreu e ressuscitou.
Brilhará para sempre o sorriso da Rafaella. Brilhará como um farol com brilho eterno.
A ti grande guerreira, que na espera do transplante não lhe foi permitido falar e nem se movimentar para facilitar a oxigenação do cérebro, a ti, gênio de grande talento acadêmico e profissional e amante da pintura, pintando belas paisagens, desejo com profundo sentimento de sincera amizade ser feliz no Céu, fluindo no teu peito uma nova vida, aquecida com o calor do Coração amoroso e misericordioso de Cristo.