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Jornal Diário de Suzano - 20/11/2024
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Coluna

João Roston, Luciano Abreu e Juvenal Antônio grandes entendedores de vinho

12 julho 2024 - 05h00

Um convite que aceitei na primeira década do ano 2000, foi o início de uma grande amizade com o Dr. João Roston, residente em Suzano. O lugar do nosso primeiro encontro foi na sua casa onde morava com Dona Lais, professora aposentada, que a vi aparecer na sala vestida com uma solenidade não sufocante e de uma beleza física fascinante, não obstante os seus 80 anos, hoje com 96 anos. Os outros encontros aconteceram no “Colonial” onde a cada dois meses nos encontrávamos para encomendar uma pizza, degustar um vinho e conversar. 
Amizade, cultura e vinho, passaram a ser o deleite dos nossos encontros. Me dei conta, também, de que muita coisa poderia aprender do Dr. João. Ele tinha uma visão até um tanto idealista do mundo, da política, como de alguém que olha de fora para dentro das situações internacionais e nacionais. Era muito bom conversar, mas sobretudo valiam a amizade e a alegria pelo reencontro. Hoje, à distância de 9 anos do seu falecimento fica a gratidão pela memória que não se perdeu no tempo. Me encantava a cultura faraônica, grandiosa e imensa do meu amigo, conversávamos animadamente por todo o tempo necessário para terminar de comer devagar uma bela pizza, adentrando-nos no mundo dos vinhos.
Com o Dr. João bebíamos o vinho de outro jeito. Sabíamos intuitivamente, a diferença entre vinhos do velho mundo e vinhos do novo mundo, a nacionalidade e as características do vinho. Enfim, há muitas maneiras de curtir uma taça de vinho: sozinhos, nos encontros com os amigos e na Confraria.
Luciano Abreu, há já muitos anos, me convidou em sua casa na Vila Amorim para me mostrar uma bela videira que ele cultivava. Havia três troncos no seu quintal que do pequeno terreno subiam até a cobertura da sua casa dando vida à videira.
Me convidou também a colocar os pês no lagar situado na sua casa para espremer a uva para a fabricação do vinho. A natureza muito sábia, completada a fermentação nos presenteava com um delicioso copo de vinho. Há muitos anos que me encontro com Luciano, nascido na Ilha da Madeira, para me sentir feliz com o vinho produzido na sua casa. 
No entanto, ao meu ver, para apreciar os vinhos, a melhor coisa seria se tornar sócio de uma Confraria onde há informação e conhecimento e atribuir ao vinho o valor que merece.
Inesperado foi o convite do Dr. Juvenal Antônio, de ser sócio honorário da Confraria 27 de Dezembro. Por sorte minha, ao longo de vários anos, venho curtindo com a Confraria o ritual, de um jantar tomando uma taça de vinho e avaliando suas características. Concluindo, agradeço o Dr. João Roston, o querido amigo português Luciano Abreu e o Dr. Juvenal como também os Sócios da Confraria pelas tantas vezes que venho degustando o vinho com eles.