segunda 16 de setembro de 2024Logo Rede DS Comunicação

Assine o Jornal impresso + Digital por menos de R$ 34,90 por mês, no plano anual.

Ler JornalAssine
Jornal Diário de Suzano - 15/09/2024
Envie seu vídeo(11) 4745-6900
Coluna

O Cidadão e a Política

21 junho 2024 - 05h00

Desde que me conheço como pessoa, aprendi a ser político e fazer política. Quero dizer que aprendi a me relacionar, primeiro com a cidade onde nasci, posteriormente com as cidades por onde passei e com as pessoas com as quais convivi. O cidadão deve ter atitude política e social, diversamente não é cidadão. Deve ser capaz de detectar os problemas do bairro, da periferia, do centro e assumir um compromisso político em nome da sociedade, acreditando em si mesmo e no grupo comprometido com o bem público da cidade. É lamentável ver pessoas que ficam distantes da política, que a jogam para trás, assim como a ética. Não se interessam pelos programas de desenvolvimento social, não participam da vida pública e não se importam em saber como são aplicados os recursos que vêm do povo, do Estado e do Governo Federal.
Opta-se por crer, ser politicamente justo e correto o assistencialismo às massas carentes, oferecendo bolsinhas e restaurantes populares que acabam silenciando a voz dos que devem gritar por não ter uma digna aposentadoria e por não poder contar com um sistema de saúde adequado às necessidades e demandas do povo.
Colocam-se na fila diante dos restaurantes populares, chegam muito cedo para mastigar a gosto ou desgosto a quantidade que o governo quer. É uma angustia saber que por não ter em casa o necessário para se alimentar, trabalhadores, donas de casa e aposentados fazem fila, esperando sua vez para entrar nos restaurantes populares que oferecem o almoço quase de graça. Falta de cidadania, que afasta o sonho do verdadeiro progresso e perpetua a "divisão social". O esquema do governo que se caracteriza por favorecer as camadas mais pobres com uma política assistencialista, gera dependência e submissão. Nesse sentido o modelo assistencialista do governo, gera um "status" de pobreza que não lhe permitirá alcançar o bem estar desejado. Os programas sociais não podem desembarcar num assistencialismo populista, interesseiro e eleitoreiro.
É necessário reafirmar conceitos como Reino de Deus, ética na política, transparência administrativa, bem sabendo que há sempre lideranças políticas denunciadas ou sendo processadas pela justiça, por causa do assalto institucionalizado aos cofres públicos e manipulação inescrupulosa dos recursos públicos, pondo a máquina administrativa a serviço dos interesses pessoais ou do partido.
O cidadão deve empenhar-se para mudar esta estratégia assistencialista, que está bem longe do verdadeiro desenvolvimento social. De fato, pereniza o "status quo" e não oferece ao cidadão os meios políticos para que ele possa colocar a sustentação da sua vida familiar e social, numa base própria e mais sólida. Se houvesse um verdadeiro bem estar dos cidadãos impediria que houvesse qualquer movimento de protesto contra os governos locais ou estaduais. Resta-nos esperar por mudanças profundas no caminho da democracia, da governabilidade e da civilização. É necessária uma conversão interior, religiosa, política e social, que somente pode acontecer pela fé no Deus da vida. A política, sem profetismo, sem aquele espírito que incomode as grandes elites financeiras e bancárias, torna-se mera burocracia e tecnocracia em apoio à macro economia dos países mais desenvolvidos.