Hoje, 8 de março, é celebrado o Dia Internacional da Mulher, que é resultado de nossas lutas e reivindicações por melhores condições de trabalho, pelos nossos direitos sociais e políticos, além de representação na sociedade contemporânea.
Esta data é uma forma de reiterar a nossa luta diária, a nossa representatividade e uma oportunidade de enaltecer a solidariedade.
Digo que o 8 de março ainda não é um dia de comemoração, até porque somos alvos do feminicídio diariamente.
Com base nos dados apresentados pela Agência Patrícia Galvão, uma mulher morre no Brasil a cada duas horas; nosso país está na sétima posição no que se refere à violência contra a mulher no mundo; homicídio de negras aumentou 54% em 10 anos; 3 em cada 5 mulheres jovens já sofreram violência em relacionamentos; e 6 em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica.
Por isso, a luta deve continuar! Uma luta que tende a diminuir o machismo e os casos de violência à mulher.
Uma luta que vai nos ajudar a ter igualdade de gênero perante à sociedade.
Posso dizer que esta é minha luta e está ligado diretamente ao meu trabalho. Atualmente, à frente do Fundo Social de Solidariedade de Suzano e do Serviço de Ação Social e Projetos Especiais (Saspe), além de promover ações sociais visando o bem-estar daqueles que mais precisam, também trabalho pela conscientização dos suzanenses sobre a violência à mulher.
Nesta trajetória, vale destacar a retomada, depois de 11 anos, do curso "Promotoras Legais Populares", que capacita as suzanenses para combater a violência contra a mulher. Paralelamente, o curso "Homens pelo fim da violência contra a mulher" encaminha servidores públicos para serem orientados com a Defensoria Pública para o atendimento e ressocialização de agressores de mulheres.
Também oferecemos oficinas ao público feminino para que elas se tornem empreendedoras e consigam gerar renda própria; realizamos o "Apitaço" referente à campanha "Não hesite, apite!"; e promovemos a ação "Suzano diz Basta! - Pelo fim da violência contra a mulher".
Como disse Simone de Beauvoir, é pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava do homem e somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência concreta.