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Jornal Diário de Suzano - 18/09/2024
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Coluna

Em busca do desenvolvimento

16 agosto 2024 - 05h00

A inteligência artificial, expressão que há alguns anos parecia ser algo distante e coisa de ficção, hoje está mais presente no dia a dia do que se imagina. Ao fazer uma busca na Internet recebemos uma enxurrada de ofertas de produtos e serviços, ao entrar no carro para ir ao trabalho somos orientados sobre o trajeto mais rápido e até em uma consulta médica recebemos um diagnóstico que foi obtido após pesquisa em uma base de dados. Nesta esteira de possibilidades geradas pela tecnologia, a indústria brasileira não pode ficar de fora.
Que o brasileiro é um povo inventivo não há o que negar. Mais de 150 anos depois de criar o avião, é daqui que os primeiros protótipos de carros voadores estão sendo planejados, algo que até agora só era possível no mundo dos Jetsons. Isso só prova que capacidade e engenhosidade não faltam para nossa mão de obra, o que emperra, mais uma vez, é a falta de incentivo, situação que esperamos mudar em breve.
Recentemente o Governo Federal recebeu do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) a primeira proposta do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), que prevê a aquisição de cinco supercomputadores e investimento de até R$ 23 bilhões entre 2024 e 2028. A IA para Inovação Empresarial, que busca estruturar uma grande cadeia nacional de inteligência artificial, integra um dos cinco eixos do projeto, que apoiará a Nova Indústria Brasil (NIB).
Hoje a inteligência artificial é sinônimo de melhora no índice de produtividade e no nível de competitividade. E mais do que isso, temos notado que essa tecnologia não é algo só para grandes empresas, mas para médias e pequenas indústrias, sendo que nesses espaços ela tem chance de ser aplicada com mais rapidez e efetividade, já que após identificar a solução, os trâmites burocráticos para adotá-la são infinitamente menores do que os de uma multinacional.
Muitas vezes essas oportunidades são geradas por meio de parcerias, em especial, com as instituições de ensino. Para a indústria esses acordos são muito benéficos, pois além de ter acesso às tecnologias de ponta, é possível criar soluções personalizadas - em muitos casos mais econômicas -, tudo isso apoiando o desenvolvimento do ensino brasileiro e a permanência dos cérebros em nosso País. 
Para além de um solo árido para as mentes, o ambiente de negócios brasileiro sofre, ainda, com o Custo Brasil, a grande carga tributária e os juros elevados, cenários que minam a possibilidade de investimento privados e também o fôlego para adquirir as tecnologias. 
Em paralelo, mais que esperar essas promessas de investimentos públicos ou soluções mágicas para problemas históricos, o empresário, assim como faz há décadas, tem que pôr a mão na massa e buscar toda e qualquer oportunidade para implantar a inteligência artificial e outras tecnologias como cultura de sua indústria. A pesquisa e a capacitação da mão de obra são os primeiros passos para conseguir desenvolver seus negócios e não ficar para trás deste trem do desenvolvimento que já partiu.