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Jornal Diário de Suzano - 20/11/2024
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Coluna

Por mais mulheres na Política

29 julho 2021 - 05h00

Na semana retrasada aconteceu uma importante votação no Senado brasileiro. Trata-se do projeto que garante não apenas a porcentagem mínima de candidaturas das mulheres, mas efetivamente que elas ocupem maior espaço no legislativo. Pelo projeto fica garantido que 30% das vagas sejam preenchidas pelas mulheres. Isso vale para a Câmara dos Deputados, nas Assembleias Legislativas dos Estados e nas Câmaras Municipais.
Segundo o último censo, a população brasileira é constituída por 52% de mulheres. Outro levantamento aponta que 52,5% do eleitorado também é formado pelo sexo feminino e que elas são quase metade das filiadas a partidos políticos. Isso demonstra que não faltam representantes mulheres em lugares de disputa política.
É evidente que é um dever de todas as lideranças políticas pressionar seus partidos e espaços - ocupados em especial por homens, para que seja garantido o protagonismo das mulheres nos lugares de poder. Segundo a Revista Forbes, em matéria publicada em abril de 2020, países que estão lidando melhor com a crise do coronavírus são comandados por mulheres: Islândia, Tailândia, Alemanha e Nova Zelândia, Finlândia e Dinamarca foram apontados como exemplos de gestão na crise de saúde.
Entretanto o projeto votado a que me referi no começo deste artigo marca uma importante conquista que serve ainda mais como estímulo para candidaturas femininas. Hoje a legislação eleitoral exige a cota mínima de 30% nos registros de candidaturas das mulheres sem, no entanto, a garantia de ocupação nos cargos. Uma média nacional aponta hoje uma ocupação de 15% desses cargos por mulheres.
Em Suzano, por exemplo, na atual legislatura temos apenas uma mulher representante. Pela lei nova, o projeto vai agora para a Câmara dos Deputados para ser aprovado, Suzano teria seis mulheres representando a população no legislativo. Portanto trata-se de um grande avanço para incentivar cada vez mais a participação feminina na política.
Um passo ainda tímido mas de grande relevância, sobretudo em um país machista como o nosso. Que venham outros avanços para as mulheres e que estas conquistas sejam permanentes.