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Jornal Diário de Suzano - 20/10/2024
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Coluna

A Vida Segue Avante

19 outubro 2024 - 05h00

Todos os dias converso com alguém desconhecido. Acho que é meu jeito de viver a vida. Gosto de saber como os demais humanos se colocam ante o que nos vem pela frente. Sempre aprendemos algo. Na semana passada um senhor idoso caiu na minha frente, depois de tropeçar na calçada. Isso é complicado. A calça dele mostrava um pequeno sangramento na altura de um dos joelhos. Mas, fiquei surpreso ao ver ele se erguendo rápido e sorrindo. Temos de ajudar. Já cai na calçada e sei que as vezes é bem complicado.
Pois não é que hoje, novamente, uma moça de uns quarenta anos tropeçou num buraco de uma árvore retirada e não tapado. Talvez estivesse atenta ao celular. Ela caiu de rosto no chão da calçada. Chorou bastante. Não conseguia se erguer mesmo com outras pessoas tentando ajudar, mas ela nada conseguia. Tentei que ela se sentasse, mas dizia que não conseguia flexionar os joelhos. Propus chamar o SAMU, mas uma senhora, que parecia a acompanhava, disse não querer. Estávamos perto de uma clínica médica, mas senti que não lhes interessava também. Como eu tinha outro compromisso tive de me afastar dali. Não sei o que mais houve. Mas sei o quanto esses problemas nas calçadas persistem. As calçadas são responsabilidade dos proprietários dos imóveis, mas, sem pressão das autoridades, da sociedade. os acidentes, que são contínuos, vão persistir a nos oferecer todo esse mal. Que tal os clubes de serviço iniciarem um projeto de conscientização do problema e oferecerem soluções. Com esse destaque as autoridades atentariam mais para esse foco.
Tenho sentido que as pessoas se oferecem mais para ajudar. O que, reconheçamos, é bonito de se perceber. Numa sociedade como a nossa, a brasileira atual, com membros tão diversos, com gente se posicionado de formas tão radicais de um lado e de outro, sentir que ainda temos pessoas que se propõem a fazer o bem me fornece mais esperança. 
Com certeza temos muito a tratar, mas podemos iniciar com algumas posturas. Na nossa Avenida Glicério temos muitas faixas de pedestre. Podemos encontrar alguns dispositivos que permitam os motoristas pararem apoiando aqueles que pretendem atravessar nas faixas. Poderíamos com isso estimular a não se atravessar foras das faixas. Lembro de um amigo, há muitos anos na Alemanha, olhou para os dois ados da rua, era mais de nove horas da noite, nenhum carro se aproximando, então foi atravessar, quando uma senhora o segurou e disse: “Atravesse na faixa”. Ele respondeu: “Mas, não vem nenhum carro...”. A senhora lhe disse: “Mas se uma criança vê o seu exemplo ela vai desaprender.” Ele percebeu o seu erro e foi atravessar na faixa mais adiante.
Sempre podemos aprender na vida seguindo em frente. Nosso caminho é o percurso que a gente faz. Sei que a gente da nossa querida Suzano não se nega a aprender, mas temos de oferecer algumas condições. Os candidatos a futuros governantes estão aí, querem saber das nossas vontades, dos nossos interesses. Vamos lhes oferecer algumas ideias, umas tantas propostas a serem projetadas. Quem sabe umas propostas alternativas enriqueçam a nossa Cidade?