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Jornal Diário de Suzano - 21/09/2024
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Coluna

Um Amigo-Mestre

24 agosto 2024 - 05h00

Andando pela nossa Cidade de Suzano, nesta segunda metade de Agosto, já se pode perceber sinais de esperança, apesar das embrulhadas que fizemos com o clima. Já se vê uns ipês amarelos florescendo para o princípio da Primavera. Época de pensarmos mais nos amigos.
Tenho a felicidade de contar com amigos por vários anos. Isso é um presente. Com nem todos consigo conviver, mas nos comunicamos. Com a minha idade, claro, estou falando de amizades que foram se alongando próximas aos cinquenta anos, como já ultrapassei isso no meu casamento, lá de 1971. Além dos familiares que adquiri fui agregando mais gente, tanto no Brasil como lá fora, onde também vivi por uns tantos anos.
Em Suzano fui fazendo amizades, bonitas e fortes, desde que aqui me instalei, na volta ao meu País, em 1977. Nesse domingo passado, dia 18 de agosto, me lembrei do aniversário do meu sogro, o amado Martin Hermann Domschke, que tanto nos apoiou. E, coincidentemente, era também o aniversário do muito querido amigo Massataka Hanashiro, o nosso “Chico”, como alguns de nós o chamávamos, lá atrás.
Descendente de família de origem japonesa, o Chico nasceu no Interior do Estado de São Paulo, lá em Lins. Mas a família foi saindo do Interior e chegou ao Litoral, no Vale do Ribeira, e ali instalando seu cultivo de bananas, como meu sogro, mesmo com todas as dificuldades que tantos passaram dos anos de 1930 até depois da Segunda Grande Guerra. Numa conversa descobrimos que estudamos, em períodos diversos, na mesma escola pública, no Bairro do Boqueirão, em Santos, o Colégio Canadá.
Mas ele foi mais adiante. Chegou a São Paulo para outros estudos e veio para Suzano, na Região cursou Faculdade, formou-se em Química, com habilitação em Física e Matemática, áreas em que também veio a lecionar. Trabalhou na empresa Fongra, em Suzano, a partir da década de 1950, como o meu sogro também o fez por anos. Casado com a mui querida Sadako, Professora hoje aposentada, que lecionou seu bom tempo destacadamente no Escola Raul Brasil, onde depois atuou também sua filha Denise, como Coordenadora Pedagógica. Seu outro filho, o Milton, é Médico no Hospital das Clínicas. Uma família linda por quem mantenho muito carinho. 
O “Hana”, também assim chamado por uns amigos, exerceu muitas atividades, foi um bom empresário, com sua bela loja-oficina (lembram da Hana-Gráfica?) instalada por anos na rua Benjamin Constant, em Suzano, hoje fechada, onde muitos fazíamos as notas-fiscais, exigidas naquele tempo. Ele sempre foi também um estudioso, sempre leu muito, gostava e gosta de escrever seus comentários que muitos de nós sempre apreciávamos ler, sobre os mais variados temas.
Faz uns tantos aninhos que o Hana e eu nos encontramos, batemos papo sem restrições, coisa que fazemos com prazer, especialmente depois da minha aposentadoria. E sempre avançamos no desejo de visarmos um mundo melhor. Ele sempre me destaca que podemos, e devemos, aperfeiçoarmos o que miramos adiante, uma sociedade que pode bem visar chegar a se realizar como justa e perfeita. Todos podemos contribuir, para esse tempo chegar. Ele insiste muito na formação fundamentada da nossa juventude. Não acredita nesses que renegam a ampliação do Conhecimento. Lembrava que o Hana sempre insistiu na visão pacífica entre os seres humanos. Seu posicionamento persistente com sua formação lógica, de ciências exatas, confirma que podemos ir mais adiante se entendermos que nossas emoções e sentimentos não precisam perder o equilíbrio, podemos oferecer mais aos outros. Que bom! A Primavera está se aproximando.