Nesses dias recentes a cúpula do G20 aprovou uma proposta de tributação progressiva para os considerados super-ricos. Entre negociações e acordos firmados há muito ainda para se discutir e avançar a fim de que isso se concretize. A verdade é que os mais ricos não querem pagar o preço pela desigualdade econômica e social existente no planeta. Eles querem manter e aumentar as suas riquezas. O apóstolo Paulo, quando escreve a Timóteo, traz uma mensagem de grande importância para aqueles que possuem riquezas: - "Aos que têm riquezas neste mundo ordene que não sejam orgulhosos e que não ponham a sua esperança nessas riquezas, pois elas não dão segurança nenhuma. Que eles ponham a sua esperança em Deus, que nos dá todas as coisas em grande quantidade, para o nosso prazer. Mande que façam o bem, que sejam ricos em boas ações, que sejam generosos e estejam prontos para repartir com os outros aquilo que têm". (I Timóteo 6:17-19) No verso 10, o apóstolo Paulo afirma que o amor ao dinheiro é a fonte de todos os tipos de males. E algumas pessoas, por quererem tanto ter dinheiro, se desviaram da fé e encheram a sua vida de sofrimentos. (I Timóteo 6:7-10)
O mundo gira em função do dinheiro. O maior capital, infelizmente, não é o humano, mas o econômico. Por dinheiro se mente, se rouba, se mata, se explora o próximo, se faz do corpo uma mercadoria...Visando ao lucro e aos resultados, empresas impõem a seus funcionários metas cada vez mais altas, deixando-os estressados, doentes, criando um ambiente insuportável para se trabalhar. O objetivo é sempre produzir melhores resultados. E, se o funcionário não estiver produzindo de acordo com as metas traçadas, será logo descartado. Não estou dizendo com isso que as empresas, organizações, órgãos públicos, não devam ter metas; mas sim que as condições de trabalho deveriam ser mais justas. Em nosso mundo somos estimulados o tempo todo a consumir, comprar. Através da propaganda criam-se "necessidades". Então, estamos sempre querendo algo mais - uma casa maior e melhor, um carro mais potente e novo, um corpo perfeito, e assim por diante. Já não basta apenas um cartão de crédito, uma só conta bancária, uma vida simples e moderada. Ficamos insaciáveis. O dinheiro acaba sendo idolatrado. Ter ou não ter dinheiro não deveria definir o que uma pessoa é. O dinheiro é um meio e não um fim. Transformá-lo em um fim pode-nos levar à insatisfação e ingratidão. A acumulação seja do que for não pode ser o alvo de um cristão. Jesus vivia de forma simples, sem ostentação.
Precisamos ter uma atitude saudável em relação ao dinheiro. Ganhá-lo de forma honesta e digna, através do trabalho. Guardar uma parte dele para emergências e projetos que desejamos realizar. Gastá-lo com moderação e sabedoria. Lembrando sempre que devemos ser generosos. A Bíblia ensina que a alma generosa prosperará! Quando compartilhamos, Deus nos acrescenta sempre mais! A paixão pelo dinheiro pode-nos conduzir à destruição, porque deixamos de confiar em Deus, que é o nosso Provedor e Supridor, para colocarmos as nossas expectativas no dinheiro. Paulo nos ensina que a busca desenfreada pelo dinheiro faz com que muitos se desviem da fé. O dinheiro, quando se torna um deus em nossa vida, produz orgulho, avareza, perversidade, injustiças, e tantas outras coisas ruins, abomináveis para Deus! Jesus ensinou que todo homem é um louco, quando pensa só na vida material e se esquece da espiritual. (Lucas 12:21) Depois disso, ensinou que os Seus discípulos devem confiar nos cuidados de Deus em todos os sentidos, pois o Pai está sempre atento às necessidades de Seus filhos.