domingo 29 de setembro de 2024Logo Rede DS Comunicação

Assine o Jornal impresso + Digital por menos de R$ 34,90 por mês, no plano anual.

Ler JornalAssine
Jornal Diário de Suzano - 29/09/2024
Envie seu vídeo(11) 4745-6900
Coluna

Mais que sentimentos

22 setembro 2024 - 05h00


Tudo o que Deus permite tem um propósito, ainda que não consigamos enxergá-lo no momento do sofrimento. No decorrer de sua jornada de sofrimento, Jó questionou a Deus muitas vezes. Ele fez perguntas para as quais não encontrou respostas imediatas. Sentiu-se como se Deus não o ouvisse e nem se importasse com a sua dor. Os sentimentos são válidos e importantes. Mas, se fôssemos movidos apenas pelos sentimentos, estaríamos perdidos. É o que sabemos, e não o que sentimos, que vai-nos manter em pé nos dias difíceis da vida! E todos nós passamos por muitos dias de dificuldades! Dias em que pensamos - "Não vou conseguir sair dessa!" Mas conseguimos com a força que Cristo nos dá! O apóstolo Paulo faz essa importante declaração: - "Deus me escolheu como apóstolo e mestre para anunciar o evangelho. É por isso que sofro essas coisas. Mas eu ainda tenho muita confiança, pois sei em quem tenho crido e estou certo de que Ele é poderoso para guardar, até aquele dia, aquilo que ele me confiou". (II Timóteo 1:11-12) Paulo tinha convicção de que o seu "tesouro" estava bem guardado pelo Senhor até o dia final! Como não sabemos muitas coisas, podemos crer ainda mais intensamente! Jó não tinha explicação para o que estava acontecendo em sua vida; no entanto, tinha uma certeza: - "Pois eu sei que o meu Redentor vive; no fim, Ele virá me defender aqui na terra". (Jó 19:25) E, seguindo nessa direção, Jó perdoa os seus "amigos" por todo o julgamento injusto em relação a ele. E, quando Jó orava pelos "amigos", Deus mudou a sorte dele. 
Em outro contexto, José do Egito também não se deixou absorver por sentimentos destrutivos em relação a seus irmãos, que foram tão injustos com ele! Provavelmente, ele não esperava reencontrá-los! Mas o Senhor preparou esse reencontro! Cada vez que os irmãos procuravam mencionar os erros do passado, José os impedia. - "Não vamos mais falar nisso; isso pertence ao passado. Deus tinha um plano, e tudo cooperou para o nosso bem e a glória Dele. Vamos falar sobre essas coisas". Certamente, José tinha sofrido muito em razão da traição de seus irmãos. Ele havia passado por muitas aflições durante os anos no Egito. Poderia pagar o mal com o mal, se quisesse. Poderia fazer justiça com as próprias mãos. Todavia, no momento do reencontro com os irmãos, quando decide se revelar a eles, José escolheu ficar com o que sabia - tudo havia concorrido para o bem deles e para a glória de Deus. Vamos continuar falando sobre as dores do passado ou vamos falar de um futuro mais promissor? Não podemos modificar o passado. Mas podemos fazer diferente agora. 
José do Egito decidiu perdoar os irmãos. Nem sempre temos a oportunidade de expressar às pessoas que nos magoaram o quão feridos nos sentimos. Se tivermos oportunidade de falar, façamos isso! No entanto, não há garantia de que isso vá modificar o comportamento dessas pessoas. Sendo assim, falando ou não, perdoe. E não fique culpando os outros pelas suas dores. De nada adiantaria se José fosse jogar todas as dores sofridas de rejeição, medo, indignação, tristeza, na cara de seus irmãos. Foram injustos com você? Puxaram o seu tapete? Traíram a sua confiança? Deus é a sua justiça! Jesus nos ensinou a andar a segunda milha, a perdoar, a deixar que Deus faça a verdadeira justiça. No Sermão do Monte, Jesus ensina que aqueles que têm fome e sede de justiça serão fartos. (Mateus 5:6) Perdoamos não pelo que sentimos, mas pelo que sabemos sobre o perdão, conforme nos foi ensinado por Jesus. Imagine se você tivesse uma dívida alta, e o seu credor dissesse: -"Não precisa pagar nada. Não se preocupe mais com isso, a dívida já foi paga". Você, certamente, ficaria contente, surpreso, agradecido; provavelmente, curioso: "Mas...como assim? Quem pagou?" Tendo ou não "culpa no cartório" a gente sempre acha que está devendo alguma coisa. É difícil aceitar que alguém pagou a nossa dívida e não devemos mais nada! Deve ter sido difícil para os irmãos de José aceitarem que eles estavam sendo perdoados pelo irmão a quem tanto fizeram para prejudicar. Mas José não queria mais falar sobre isso. Estava superado! Podemos superar também!