O profeta Isaías, séculos antes do nascimento de Jesus, sob a inspiração do Espírito Santo, nos apresenta o retrato de Jesus. No capítulo 53, especialmente, o profeta predisse que poucos creriam na pregação de Jesus. A maioria dos que creram e O seguiram era formada de crianças, mulheres e pobres. Jesus era um homem comum, simples, que viveu grande parte do tempo entre os excluídos. Jesus não se parecia com o Messias idealizado pelos escribas, fariseus e religiosos da época. Jesus não parecia divino. Durante boa parte da vida exerceu o ofício de tekton, um artesão ou pedreiro na época. Ele foi tentado como nós somos, mas não caiu como muitas vezes caímos. Morreu como nós morremos, mas não permaneceu morto, pois ressuscitou. Foi desprezado por sua família, rejeitado pelos seus patrícios, negado por um de seus discípulos, traído por outro, foi acusado e morto por um sistema injusto e cruel, com o apoio dos religiosos. Mas tudo isso estava nos planos de Deus! Prestes a morrer, pediu ao Pai que perdoasse aos seus algozes, porque não sabiam o que estavam fazendo. Isaías diz que ele tomou como sua a nossa culpa, foi "esmagado", para que nós não fôssemos; castigado, para nos deixar a paz; ferido, a fim de que fôssemos sarados; oprimido, para que ficássemos livres. Jesus tomou o nosso lugar naquela cruz! Pelo sacrifício na cruz, os que se arrependem de seus pecados, creem no sacrifício de Jesus e o recebem, são reconciliados com Deus e se tornam salvos pela fé. A salvação não vem pelo que fazemos de bom. Não é pelo nosso mérito. A salvação não segue as regras humanas. Mas ela depende de uma escolha que fazemos ao aceitá-la ou não.
O Messias nasceu em uma família. Deus escolheu Maria, uma jovem anônima, moradora de uma pequena cidade, que se considerou simplesmente uma serva e se disponibilizou para ser a mãe do Salvador, mesmo pagando o preço da incompreensão de sua gravidez excepcional. Como mãe viu a sua própria cidade rejeitar a missão de seu filho. Viu o seu filho sofrer e morrer para cumprir o plano redentor de Deus. Em tudo Maria foi obediente a Deus, porque O conhecia. Depois da morte e ressurreição de Jesus, ela continuou seguindo-O como uma fiel discípula, servindo o seu Salvador e a sua comunidade de fé. José foi o pai escolhido, um homem simples, descendente de Davi, temente e obediente a Deus, carpinteiro de profissão, que não compreendeu a princípio tudo o que estava acontecendo, mas que se alinhou ao propósito divino depois que um anjo apareceu a ele, confirmando a gravidez sobrenatural de Maria.
O Messias, o Ungido, nasceu, viveu e morreu por amor. Mas a morte não o venceu. Ele ressuscitou e voltará! Jesus nasceu com propósito certo - entregar a sua vida pelos homens. Isso nos ensina que a vida só tem sentido, quando vivemos os propósitos de Deus para nós. Não significa apenas existir; mas sim, dar sentido à existência. O Natal significa Deus manifestando o seu amor aos homens. O único amor que nos preenche, que não falha, que nunca muda, que é eterno. O apóstolo João afirma isso em seu livro - "Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". (João 3:16) Toda vez que ansiamos por amor é pelo amor de Deus que estamos ansiando. O vazio interior só pode ser preenchido com o amor de Deus. Preenchidos com esse amor, podemos compartilhar genuíno amor com outros. Ainda é o próprio João que, ao justificar a finalidade do Evangelho que leva o seu nome, diz: -"Jesus fez diante dos discípulos muitos outros milagres que não estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Messias, o Filho de Deus. E para que, crendo, tenham vida por meio dele". (João 20:30-31)