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Destaque

CEI vai apurar o pagamento irregular de R$ 32 mi em horas extras em Poá

02 julho 2015 - 08h01

 O Parlamento poaense instaurou na noite de terça-feira uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), para investigar denúncia sobre o pagamento abusivo sobre horas extras de funcionários da Secretaria de Saúde, sobretudo, do Hospital Municipal Guido Guida. O pedido para a apuração partiu do vereador Marcos Ribeiro da Costa (PDT), o Marquinhos da Indaiá. A leitura do requerimento foi realizada durante a sessão ordinária. No objeto consta que os pagamentos teriam iniciado desde 2009 até o início deste ano. Cerca de R$32 milhões foram pagos a médicos e funcionários. A possível irregularidade nos pagamentos será o foco da investigação. Após a leitura, a Câmara aprovou com 14 votos, a instauração de uma CEI. Um sorteio definiu o vereador Luiz Antônio Soares de Oliveira (SD), o Tonho de Calmon, como o presidente, Jeruza Lisboa Pacheco Reis relatora, e Willian Ferrari (Pros), o Neno Ferrari, como membro da comissão. O vereador Alexandre Provisor (PSL) não participou do sorteio por ter sido secretário de Administração à época, já Marquinhos da Indaiá não participou da votação e do sorteio por ter recebido a denúncia. A CEI terá 90 dias para apurar as supostas irregularidades. Com o recesso legislativo os trabalhos devem iniciar em agosto. "Segundo informações da assessoria jurídica da Casa de Leis, os trabalhos serão iniciados após o recesso parlamentar, ocasião em que daremos início ao processo de investigação, definindo o cronograma de trabalho", finalizou Tonho de Calmon. RELEMBRE Por meio de uma das auditorias na pasta da Secretaria de Saúde para detectar falhas no sistema, o atual secretário de Saúde, Marco Antônio Grandini Izzo, e o diretor Alexandre Cardani descobriram um rombo no orçamento que estaria gerando um gasto mensal de R$ 1 milhão apenas com pagamento de horas extras de médicos, técnicos laboratoriais e radiológicos. Ao verificar os holerites, a Prefeitura descobriu funcionários de qualificação de nível técnico com salários base de R$ 2.475 ganhando até R$ 19 mil, sendo que para o exercício da profissão, a legislação não permite ultrapassar seis horas de trabalhos diários pela exposição à radiação dos aparelhos. E ainda, servidores registrando cargas horárias de 24 horas consecutivas cinco dias por semana com acréscimos ainda de mais de 100 horas extra ao final do mês, o que daria não um dia com 24 horas e sim, 43 horas trabalhadas por dia. No esquema dos médicos, o salário base de R$ 3,9 mil chega a números exorbitantes de acúmulos de até400 horas/mês extras, somando salários de R$ 44 mil assinando plantões de 12 horas, nas quais trabalhavam apenas quatro horas, seguindo para outros pontos em horários simultâneos no qual um médico dava continuidade ao plantão do outro. Estima-se que o esquema da Máfia do Avental Branco tenha gerado pagamento indevido de mais de R$ 32 milhões do dinheiro público nos anos de 2009 a maio de 2015.