As indústrias da região perderam 3.350 postos de trabalho com carteira assinada neste ano. Somente no mês de agosto foram 750 demissões, o que representa uma variação negativa de 1,1%. Nos últimos 12 meses, o acumulado é de -5,63%, representando uma queda de aproximadamente 4.050 postos de trabalho. Os dados foram divulgados hoje pela regional do Ciesp no Alto Tietê. “Os números da pesquisa retratam a realidade vivida nas indústrias do Alto Tietê. Salvo algumas exceções, a maioria está demitindo em razão da baixa produção e da necessidade premente de corte de despesas. A demissão acaba sendo inevitável depois que se esgotam as possibilidades de banco de horas e férias coletivas e, principalmente, diante da falta de perspectivas de mudanças no cenário econômico”, avalia o diretor do Ciesp do Alto Tietê, José Francisco Caseiro. O índice do nível de emprego industrial na Diretoria Regional do Ciesp Alto Tietê foi influenciado pelas variações negativas dos setores de Produtos de Minerais Não-Metálicos (-2,70%); Metalurgia (-5,31%); Produtos Têxteis (-1,48%) e Máquinas e Equipamentos (-1,07%), que foram os setores que mais influenciaram o cálculo do índice total da região. “O setor metalúrgico, que é o mais expressivo do Alto Tietê, é um dos que mais tem sentido os reflexos da crise e está difícil suportar a situação, com o desaquecimento total do consumo e a continuidade do aumento das despesas, como da energia elétrica e a criação de novos impostos. Precisamos lutar duramente contra isso e precisamos também da mobilização da sociedade, caso contrário, será inevitável novas demissões e a situação, que já está ruim, pode piorar ainda mais”, pontua o diretor.