Pelo quarto mês consecutivo, a arrecadação da Receita Federal voltou a cair, refletindo a crise na economia brasileira. As receitas com o pagamento de impostos e contribuições federais somaram R$ 104,868 bilhões, o que representou uma queda real (com correção pela inflação) de 3,13% na comparação com igual mês de 2014. Em relação a junho, houve um aumento de 7,34% na arrecadação. O desempenho da arrecadação no mês passado é o mais baixo para o mês desde 2010. A arrecadação veio dentro do intervalo das estimativas coletadas pelo AE Projeções, de R$ 98,600 bilhões a R$ 108,392 bilhões, e acima da mediana de R$ 103,900 bilhões. Nos primeiros sete meses da nova equipe econômica de Dilma Rousseff (PT), a arrecadação federal somou R$ 712,076 bilhões, um recuo de 2,91% na comparação com o mesmo período de 2014. O valor é o menor para o período desde 2010. A crise econômica também fez com que as empresas pagassem R$ 12,579 bilhões a menos de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) nos sete primeiros meses do ano. Os dois tributos incidem sobre o ganho das empresas. Um movimento verificado nesse cenário econômico adverso é que as incertezas na economia levaram as empresas a adotar um movimento defensivo, deixando de pagar impostos. Nos primeiros sete meses de 2015, a arrecadação da Receita com IRPJ e CSLL apresentou queda real de 9,51%. O total arrecadado no período foi de R$ 119,740 bilhões, segundo números divulgados ontem pela Receita. Em julho, a queda de arrecadação do IRPJ e CSLL somou R$ 2,377 bilhões, o correspondente a 11,69%.