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Jornal Diário de Suzano - 15/01/2025
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Economia

Economistas projetam inflação acima de 8%

24 março 2015 - 08h00

Pela primeira vez, economistas do setor privado acreditam que a inflação deste ano ficará acima de 8%. Com esse cenário mais negativo, começam a surgir dúvidas sobre o tamanho da alta da taxa básica de juros, a Selic, em abril. Até a semana passada, o consenso era de que o Banco Central (BC) iria reduzir o ritmo de 0,50 ponto porcentual mantido desde dezembro do ano passado pela metade. Agora, há uma divisão entre as duas hipóteses entre os participantes do Relatório de Mercado Focus. O documento divulgado ontem pelo BC mostra que o ponto central da pesquisa para o IPCA de 2015 passou de 7,93% para 8,12% em apenas uma semana. A maior taxa entre os participantes, no entanto, está em 9,38%. Para 2016, houve leve ajuste das estimativas no período, passando de 5,60% para 5,61%. O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, saiu em defesa do governo e minimizou a previsão da Focus. Segundo ele, essa é uma expectativa "de mercado" que pode ser revista. "O governo está trabalhando para trazer a inflação para o centro da meta o mais rapidamente possível. O ano está começando tumultuado, com preços flutuando", afirmou. "A expectativa de mercado é volátil, não significa que será nesse patamar". O ministro afirma que o aumento é temporário e deve cair rapidamente, uma vez que o próprio mercado já vê uma "pequena redução" para 2016. O principal vilão da alta ainda são os preços administrados ou monitorados pelo governo, como tarifas de energia elétrica e transporte público, por exemplo. A expectativa é de que esse conjunto de itens suba 12,60% neste ano. Para o BC, no entanto, essa elevação ficará circunscrita ao primeiro trimestre do ano. O dólar também ajuda nessa escalada das estimativas para a inflação. O mercado aguarda uma cotação de R$ 3,15 no encerramento de 2015 e de R$ 3,20 para o fim de 2016. O lado bom dessa alta esperada para a moeda americana foi o ligeiro aumento das projeções para a balança comercial, que deve ter superávit de US$ 3,5 bilhões este ano.

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