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Economia

Votação do relatório prévio contra Cunha no Conselho fica para terça

25 novembro 2015 - 07h00

 Após a defesa de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tentar substituir o relator do processo de cassação contra o presidente da Câmara, o deputado Fausto Pinato (PRB-SP) confirmou ontem seu voto a favor do seguimento da ação contra o peemedebista no Conselho de Ética. Houve um pedido coletivo de vista encabeçado pelo deputado Sérgio Brito (PSD-BA) e a votação do parecer acontecerá somente na próxima terça-feira. "O arquivamento inicial da representação seria extremamente temerário e passaria a impressão à sociedade brasileira de que este parlamento não atua com cuidado, cautela e espírito público de transparência", diz o relatório de Pinato. "Dessa forma, conclui-se pela aptidão e pela justa causa da representação", afirma o documento. Cunha é acusado de mentir à CPI da Petrobras, em março deste ano, ao negar a existência de contas no exterior. A tropa de choque de Cunha seguiu a orientação do presidente da Câmara e, diante da repercussão negativa das manobras protelatórias da semana passada, manteve-se quieta durante toda a sessão. Cunha havia pedido calma aos seus aliados, pois a defesa seria feita pelo advogado Marcelo Nobre, que representa o peemedebista no Conselho de Ética. O único aliado que fez intervenções foi o deputado Manoel Júnior (PMDB-PB), que insistiu que Pinato antecipou seu voto ao anunciar à imprensa que havia indícios que preenchiam os requisitos necessários para seguimento da ação contra Cunha. A sessão de ontem começou às 14h37 com 15 deputados, inclusive os três do PT, que não haviam ajudado a dar quórum na sessão da última quinta-feira, 19. Apesar do pacto de não agressão firmado entre Cunha e o Planalto, os petistas disseram que votarão a favor do relatório. Antes do início da leitura do parecer prévio, deputados contrários a Cunha que não fazem parte do Conselho de Ética entraram em silêncio no plenário onde ocorria a sessão. Antes, líderes oposicionistas foram à Presidência da Câmara informar a Eduardo Cunha que não participariam mais da reunião do colégio de líderes, instância que discute as matérias que serão votadas em plenário naquela semana.

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