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Jornal Diário de Suzano - 21/12/2024
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Editorial

Crise

18 novembro 2015 - 07h00

O fechamento de novos postos de trabalho, apontados pela Regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), na reportagem que o DS divulga na edição de hoje, mostra a “situação mais do que crítica” das indústrias do Alto Tietê. O motivo é de preocupação. Os dados divulgados mostram um recorde de fechamento de trabalho. O nível de emprego industrial no Alto Tietê voltou a apresentar resultado negativo no mês de outubro. A variação ficou em -1,83%, o que significou uma queda de aproximadamente 1,2 mil postos de trabalho. É o nono mês seguido de retração e o pior índice registrado no ano, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Ciesp . Com os resultados do mês passado, o nível de emprego acumulado no ano é de -6,86%, representando uma queda de aproximadamente 4,8 mil postos de trabalho na região abrangida pela diretoria Alto Tietê do Ciesp, composta por oito municípios (Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis e Suzano). O maior desafio do governo e de movimentos sociais no Brasil é fazer com que crescimento econômico se reverta em desenvolvimento social, com redução da desigualdade, aumento do emprego e elevação da renda do trabalhador. Para o professor Antônio Corrêa de Lacerda, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, o papel das políticas públicas será muito importante neste processo, para regulamentar o mercado. Ele avaliou que essa é uma ótima oportunidade para o Brasil, desde que o País combine redução de juros com políticas de infraestrutura e educação, inclusive deslocando crédito privado com juros favoráveis para esses projetos, se necessário. O grande desafio será transformar o crescimento econômico em desenvolvimento social, com políticas públicas e geração de emprego e renda, tendo como foco a criação de empregos com qualidade. Muitos dos novos postos pagam entre um salário mínimo e um salário mínimo e meio. Especialistas afirmam que é necessário aumentar o consumo, mas não por meio do crédito e sim da distribuição de renda e aumento dos salários. Os desafios são imensos e requerem muita preocupação e iniciativas que garantam maior abertura de postos de trabalho.