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Jornal Diário de Suzano - 21/12/2024
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Editorial

Protestos

17 março 2015 - 08h00

Os protestos realizados no final de semana, em todo o País, deram um sinal claro do “amadurecimento” da democracia brasileira e de liberdade de expressão. Uma coisa é certa: o protesto é legítimo. Foi reconhecido até mesmo pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT), que deixou claro “ouvir” os clamores das ruas. Inevitavelmente, as manifestações devem surtir resultados satisfatórios para fazer com que o governo tome providências e reforce, sobretudo, o combate à corrupção, que vem incomodando os brasileiros. Ninguém, portanto, pode tirar a legitimidade do protesto. No entanto, existe apenas uma adendo: o pedido de impeachment da presidente Dilma é inviável, tanto pelo aspecto legal jurídico, como político. Eleita em outubro de 2014, até agora, não existe qualquer acusação oficial jurídica para sua saída do cargo. A sensação que ficou deste projeto foi, por outro lado, o reconhecimento do governo da presidente Dilma, de que existe a necessidade de abertura de um diálogo com todos os setores: quem apoiou ou não o seu governo. Mais é preciso colocar em prática essa medida imediatamente. Logo após os protestos que reuniram milhares de pessoas nas ruas de mais de 20 cidades, o governo se apressou em reconhecer que precisa abrir o diálogo. Isto é importante para a governabilidade e andamento dos projetos para o País. É evidente que a economia “está em crise”. É preciso fazer algo para recuperar o processo de investimento e geração de renda no País. Para isso, algumas das medidas têm sido impopulares. Neste momento de crise econômica, para o bem do País, é importante a união de forças. E mais: se a eleição aconteceu em 2014, com a vitória de Dilma, e não existe qualquer possibilidade de impeachment, é preciso buscar um caminho que venha servir para melhorar o País. O processo democrático, em outubro do ano passado, foi legitimamente cumprido. Agora, é torcer para que novos caminhos sejam tomados para o bem dos brasileiros. O que não pode continuar é a crise financeira, com o descontentamento de parte dos cidadãos com os rumos que vêm tomando o País.