O reforço na segurança pública tem sido uma das maiores reivindicações, quando são realizadas pesquisas de opinião pública. As políticas públicas dos governos municipal, estadual e federal têm tentando garantir maior sensação de segurança e reduzir a criminalidade nas cidades. Guardas armadas, aumento do número de policiais militares nas ruas e a vigilância nas fronteiras têm sido algumas das medidas tomadas. Na semana passada, São Paulo apresentou números que ainda preocupam sobre a quantidade de chacinas – ocorrências com três ou mais mortes – no Estado de São Paulo neste ano. Só para se ter uma ideia, o número já se iguala à quantidade registrada em todo o ano passado. Um balanço feito pela Ouvidoria das Polícias do Estado de São Paulo mostra que, até a última terça-feira, foram registradas 15 chacinas, com 62 mortes. Em 2014, foram 15 chacinas, com 64 vítimas. Este ano ocorreram ainda 120 assassinatos registrados nos Boletins de Ocorrência como crimes de autoria desconhecida – forma com que a polícia nomeia casos de homicídios com menos de três vítimas. Na maior parte dos casos, há indícios de execução. Em 2014, ocorreram 183 crimes de autoria desconhecida com 200 mortes. Com as autorias desconhecidas, nunca se fica sabendo quem é o autor. A polícia nega veementemente a participação. Outro dado preocupante é o número de mortes ocorridas em confrontos com a polícia. No ano passado, foram 838 mortes. Neste ano, já foram contabilizadas 571 mortes em confrontos com a polícia. Os números da Ouvidoria têm como base os dados informados pela Secretaria de Segurança Pública e pela Corregedoria, já somados os casos de agosto. Entre janeiro e junho deste ano, 24% do total de homicídios da cidade de São Paulo tiveram indícios de execução, ou seja, uma em cada quatro vítimas de assassinatos foi executada. No ano passado, essa taxa era de 16%. Isso mostra um crescimento bastante grande. E combinado com essa informação das chacinas, sugerem a existência de grupos de extermínio ou de matadores em ação. Os dados realmente preocupam e são importantes. Neste caso servem para montar estratégias para garantir a segurança da população.