quinta 26 de dezembro de 2024Logo Rede DS Comunicação

Assine o Jornal impresso + Digital por menos de R$ 34,90 por mês, no plano anual.

Ler JornalAssine
Jornal Diário de Suzano - 24/12/2024
Envie seu vídeo(11) 4745-6900
Editorial

Tempo e trânsito

11 outubro 2015 - 08h00

Na semana passada, uma pesquisa sobre Mobilidade Urbana, realizada pelo Ibope Inteligência em parceria com a Rede Nossa São Paulo e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), chamou atenção. O levantamento mostrou que 48% dos paulistanos gastam em média 2 horas por dia no trânsito para realizar todas as suas atividades diárias, por exemplo, ir ao trabalho, estudo, supermercado, entre outros. Os dados são apenas da Capital paulista, mas serve também para mostrar o quanto é importante garantir mobilidade urbana nos municípios. Esse, aliás, é um dos grandes desafios das administrações municipais. Só para se ter uma idéia, de acordo com a pesquisa, em 2015, os moradores da Capital paulista que utilizaram carro todos os dias ou quase todos os dias gastaram em média para a locomoção total, considerando trabalho, estudo, buscar as crianças na escola, supermercado etc. 2h38 minutos. Em 2009, esse número chegou 2h43 minutos. Por outro lado, os paulistanos gastaram em média para a locomoção principal 1h44 minutos, considerando ida e volta. Já os usuários de transporte coletivo levaram em seu trajeto diário 1h57 minutos. Para 23% dos paulistanos, o tempo médio gasto para a locomoção principal é de 2 horas. A pesquisa também mostrou que 1/3 dos moradores da Capital paulista utilizam carro de passeio, táxi ou carona todos os dias ou quase todos os dias, ou seja, 32% dos entrevistados. Embora esse número seja significativo, houve queda em relação ao ano passado, quando foi registrado 38%. Em 2007, chegou a alcançar 22%. Segundo o estudo, em 2015, 60% da população da Capital possui carro de passeio ante 40% dos que não têm. Em 2009, essa proporção chegou a atingir 50% para cada um. Já com relação aos paulistanos que possuem automóveis e os utilizam diariamente, houve retração se comparado com 2014, passando de 56% para 45%. O problema da mobilidade urbana é nacional. O Brasil se comprometeu, até 2030, expandir e melhorar os sistemas de transportes públicos, com atenção especial às necessidades das pessoas mais vulneráveis, como os idosos. A meta é uma das que estão fixadas na nova agenda global das Nações Unidas, aprovada por unanimidade durante a Cúpula da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável. É esperar que essa melhora venha bem antes.