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Esportes

Conmebol abre processo e Boca tem até as 15 horas para apresentar defesa

16 maio 2015 - 08h00

O Boca Juniors, anfitrião do clássico pela Copa Libertadores interrompido na última quinta-feira porque jogadores do River Plate foram atacados com gás pimenta no túnel inflável ao voltar do intervalo, tem até as 15 horas (de Brasília) de hoje para se defender. O prazo foi dado pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), que tende a anunciar a classificação do River para enfrentar o Cruzeiro na próxima fase e punir o dono do Estádio de La Bombonera. Ainda ontem, o estádio do Boca foi fechado pelo Ministério Público de Buenos Aires. Fontes na Conmebol citadas pelos principais jornais argentinos, entre eles Clarín e La Nación, afirmaram que o River Plate conquistará a classificação sem ter de jogar o restante do jogo. A partida estava 0 a 0. Segundo o inciso primeiro do artigo 23 do regulamento da Conmebol, a equipe cuja responsabilidade determine alterações no rumo natural de um jogo "será considerada perdedora por 3 a 0". O primeiro jogo, no último dia 7, foi vencido pelo River por 1 a 0. O Boca Juniors ainda deve sofrer com a suspensão de competições internacionais e o fechamento do estádio para esses torneios, além de jogar longe de casa no campeonato local. A duração dessas punições seria de até dois anos, também segundo fontes da Conmebol. Pelo menos quatro jogadores do River Plate tiveram lesões de diferentes graus na pele e nos olhos. O caso mais grave foi o do meia Leonardo Ponzio, que ficou 10 minutos sem poder enxergar. Os outros atingidos foram Leonel Vangioni, Ramiro Funes Mori e Matías Kranevitter. Todos passaram a madrugada de ontem no Instituto de Queimados de Buenos Aires e foram liberados. Suas camisetas, com manchas alaranjadas, foram apreendidas como prova, A rigidez na revista feita no estádio foi contestada ontem. Na Plateia, espaço dividido por jornalistas e sócios no lado oposto aos camarotes, centenas de sinalizadores foram acionados na entrada do Boca Juniors. Até um drone com um "fantasma de pano" com a letra B, em referência ao rebaixamento do River Plate em 2011, sobrevoou o gramado. No jogo de ida, no Estádio Monumental de Nuñez, havia cinco bloqueios para revista e controle de ingressos. Ainda assim, centenas e sinalizadores foram usados. Imagens no jogo da última quinta-feira mostram três homens no setor da barra brava mais conhecida do clube, a 12, com o rosto parcialmente coberto, furando o plástico do túnel dos visitantes através da grade que separa a torcida do campo. Eles parecem usar um sinalizador para fazer a perfuração. Depois da paralisação e do anúncio da suspensão, torcedores inconformados permaneceram até a saída dos times, à 0h21, uma hora e meia depois do horário em que deveria acabar o jogo. O advogado Facundo Jiménez, de 42 anos, estava conformado. "Vão dar os pontos para o River", disse, já sem a touca azul e amarela que mordeu durante o primeiro e único tempo do jogo. Caso se confirme a passagem de fase do River Plate, o primeiro jogo contra o Cruzeiro será no Estádio Monumental de Nuñez. A volta ocorrerá em Belo Horizonte, no Mineirão.

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