A polícia da Suíça confirmou ontem a prisão de sete dirigentes da Federação Internacional de Futebol (Fifa), em Zurique. Entre os presos, está o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin. Foram presos também os dirigentes Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Eugenio Figueredo e Rafael Esquivel, de acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Eles estavam em um hotel na cidade suíça. A administração de José Maria Marin teria cobrado propinas milionárias para fechar contratos comerciais e ceder competições a outros países. Investigações conduzidas pela Justiça americana e pelo Ministério Público da Suíça revelam que o ex-presidente exigia pagamentos e chegou a alertar parceiros comerciais que os valores de propinas pagos ao seu antecessor, Ricardo Teixeira, deveriam agora ser redirecionados a ele. Em um dos pagamentos, Marin teria ficado com propina de US$ 20 milhões (R$ 63 milhões) para contratos comerciais envolvendo a Copa América de 2019 no Brasil. No total, os contratos oficiais estavam avaliados em US$ 80 milhões (R$ 254 milhões). O Ministério Público da Confederação Helvética instaurou ontem um processo penal contra os dirigentes para apurar as suspeitas de pagamento de suborno na escolha dos países-sede das duas próximas Copas do Mundo: Rússia, em 2018, e Catar, em 2022.