O ex-jogador Zico, de 62 anos, atual técnico do clube indiano Goa FC, encaminhou à CBF um pedido de apoio a sua candidatura à presidência da Fifa. A eleição será em fevereiro de 2016, quando o atual presidente, o suíço Joseph Blatter, finalmente deixará de comandar a entidade, nove meses após anunciar a sua saída do cargo. Para poder se candidatar, Zico precisa da chancela de uma confederação nacional de futebol filiada à Fifa e do apoio de outras cinco. Embora crítico da administração do futebol brasileiro, Zico quer a chancela da CBF e planeja esperar a resposta por uma semana. A entidade brasileira confirmou ter recebido o pedido de Zico, mas ainda não tomou nenhuma decisão. Dono de uma carreira brilhante nos gramados, com títulos dentro e fora do Brasil, Zico defendeu a seleção brasileira em 89 jogos, de 1976 a 1989, e marcou 66 gols - é o terceiro maior artilheiro do escrete canarinho, atrás de Ronaldo (67) e Pelé (95). Atualmente é treinador do Goa FC, da Índia. Como técnico, comandou também as seleções de Japão e Iraque. Em 2010, teve experiência como dirigente ao assumir a função de diretor executivo de futebol do Flamengo. Longe dos gramados, Zico foi secretário nacional de Esportes do governo Fernando Collor de Melo, entre 1990 e 1991. O cargo equivalia à função de ministro do Esporte, já que o cargo e o próprio órgão só seriam criados em 1995 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Na época de Zico, a área de esporte estava sob a responsabilidade do Ministério da Educação. Platini O ex-jogador francês Michel Platini vai anunciar nos próximos dias se será ou não candidato à presidência da Fifa. Fontes próximas ao francês confirmaram à reportagem que, depois de consultas realizadas em Zurique e em São Petersburgo, Platini tomará uma decisão. As federações nacionais já podem receber uma carta sobre sua posição definitiva e um anúncio estaria sendo organizado para ocorrer na Suíça até esta sexta. Platini considera que, diante da fragilidade da Conmebol, inundada por escândalos de corrupção, cabe à Europa ocupar o poder no futebol mundial. Blatter, suíço, era visto como representante do "resto do mundo" e uma continuação do reinado de João Havelange. Uma vitória de Platini, portanto, representa a volta da Uefa ao poder do futebol mundial pela primeira vez em 40 anos. O francês já havia pedido a renúncia de Joseph Blatter antes mesmo das eleições de maio, alertando que a entidade não poderia seguir da mesma forma.