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Jornal Diário de Suzano - 14/03/2025
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Nacional

Brasil apresenta aos países do BRICS políticas de fortalecimento da agricultura familiar

Foram destacados programas de crédito para a agricultura familiar, além do incentivo à participação das mulheres e da juventude no campo

14 março 2025 - 14h00Por da Agência Gov

Em painel voltado à troca de experiências entre os países que fazem parte do Grupo de Trabalho de Agricultura do BRICS 2025, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), por meio da Secretaria de Agricultura Familiar e Agroecologia (SAF), apresentou as políticas públicas desenvolvidas pela pasta nos âmbitos do fortalecimento da agricultura familiar, dos desafios relacionados às mudanças climáticas, da produção de alimentos e do combate à fome. A sessão, que aconteceu na tarde de ontem durante a primeira reunião presencial do GT, contou com a contribuição do secretário da SAF, Vanderley Ziger.

Ao falar sobre a produção de alimentos no campo, Ziger mencionou a relevância da agricultura familiar no Brasil e falou sobre a prevalência da atividade no contexto rural. "Nós estamos falando aqui que, dos 3,9 milhões de propriedades rurais, 2,9 milhões são de agricultura familiar. O importante é que, de toda a agricultura brasileira, 77% dos produtores estão nessa caracterização de agricultura familiar", disse.

O secretário também elencou as principais políticas públicas desenvolvidas pelo ministério que apoiam, fortalecem e impulsionam a oferta de alimentos produzidos por agricultores e agricultoras familiares. Ziger destacou as diretrizes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), segundo as quais 30% de toda a alimentação consumida nas escolas são produzidos pela agricultura familiar. "Nós temos um investimento de mais de US$ 1 bilhão anuais que são colocados para essa política de consumo de alimentos saudáveis nas escolas", explicou.

Ele também falou aos representantes dos países membros do BRICS sobre as políticas públicas voltadas para o acesso facilitado ao crédito subsidiado, com taxas de juros adequadas para melhorar a produção rural nas regiões brasileiras, incluindo o financiamento para aquisição de máquinas e novas tecnologias no campo.

"Todos os anos nós crescemos, em média, 10% no volume de crédito ofertado para que as regiões possam estimular os seus sistemas de produção. Nós entendemos que todas as regiões devem ser desenvolvidas com o financiamento, crédito rural e assim por diante, nunca deixando de lado o tema ambiental", disse. "Existe um financiamento para a tecnificação e modernização para que esse campo possa ser, além de produtivo, cada vez mais moderno e possa avançar na produção de alimentos", completou o secretário.

A reforma agrária foi abordada pelo secretário ao falar do Programa Terra da Gente, que organiza diversas formas de obtenção e destinação de terras próprias para produção, bem como as políticas públicas de incentivo à participação das mulheres e da juventude no campo e a participação social. Vanderley reforçou, ainda, a importância de reconhecer o papel da agricultura familiar na construção dos agroecossistemas, destacando como esse modelo de produção contribui diretamente para a preservação da biodiversidade. "Temos uma grande bandeira aqui, que é produzir alimentos mais saudáveis e, acima de tudo, trabalhar com a geração de renda e o desenvolvimento dos territórios", finalizou.