Diferente da postura crítica que vinha adotando em relação à administração da sucessora e afilhada política, Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ontem, durante a 5ª Plenária Nacional da Federação Única dos Petroleiros (FUP), realizada em Guararema, que a presidente deve adotar a estratégia de ir às ruas e disse que ele mesmo também prepara uma agenda, com ajuda da equipe de seu instituto, para viajar pelo País. Ele disse que ficar em gabinete em Brasília "esperando" serve apenas para ouvir reclamações e pedidos de políticos. "A Dilma, diante de todas as coisas que ela tem que fazer, tem que priorizar andar por esse País, tem que botar o pé na estrada, em vez de ficar na televisão e na internet ouvindo pessoas falando mal dela", afirmou. Lula também apontou que a crise política e econômica no País não é responsabilidade da petista e afirmou que ela vai arrumar o Brasil, apesar "dos tempos difíceis". "A crise no País não é responsabilidade da Dilma", disse Lula, responsabilizando o cenário externo pelas dificuldades que o Brasil enfrenta na área econômica. "Além de outras medidas que ela vai anunciar em breve, como mais três milhões de casas do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), e o Pátria Educadora, um programa revolucionário para este País”. O ex-presidente petista disse que aceitou participar do encontro dos petroleiros porque é preciso contar e recontar sua participação nas lutas e feitos do País. "Tenho orgulho de ter sido o metalúrgico que levou o Jair Meneguelli (ex-sindicalista que militou ao lado de Lula no ABC) a ser cassado por fazer a primeira greve, em solidariedade aos petroleiros em 1983". E afirmou que também sente muito orgulho de ter sido o presidente que "capitalizou a estatal e ajudou a recuperar a indústria naval brasileira", completou Lula.