O Instituto Lula divulgou nota ontem dizendo que a sede do instituto, na Capital paulista, foi atacada por volta das 22 horas da última quinta-feira. Segundo a instituição, um artefato explosivo foi arremessado de dentro de um carro. Ninguém ficou ferido. O instituto disse que comunicou o fato às polícias Civil e Militar, ao secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Alexandre de Morais, e ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. No comunicado divulgado nas redes sociais, o instituto diz que "espera que os responsáveis sejam identificados e punidos". A Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo confirmou, por nota, o ataque à sede do instituto, que fica no bairro do Ipiranga, Zona Sul da Capital paulista. De acordo com o comunicado, os danos materiais foram pequenos e as investigações já foram iniciadas. A nota acrescenta ainda que o titular da secretaria, Alexandre de Moraes, conversou hoje pela manhã com o ministro da Justiça. Em nota, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, classificou o ataque ao instituto como uma "agressão à democracia". "São inaceitáveis esses atos de violência e intolerância no nosso país", disse Rossetto, que defendeu imediata apuração do ocorrido. "O Brasil tem um histórico de diálogo pacífico e rejeição a atos violentos, que esperamos que continue e seja ampliado", disse o ministro. Alesp A bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) divulgou nota ontem afirmando que a bomba caseira atirada na noite da última quinta-feira no Instituto Lula foi "uma ação motivada pelo ódio e de inspiração claramente fascista". Para a bancada petista, este não foi um incidente isolado. "Em menos de um ano a sede do diretório do PT de Jundiaí foi incendiada e diversos ataques contra militantes do PT foram registrados. Dessa vez o ataque se dirigiu à maior liderança popular do planeta, o homem respeitado em todo mundo e reconhecido como o presidente que mais enfrentou a desigualdade em nosso País", diz o comunicado. Os petistas afirmam que irão cobrar, no âmbito da Alesp, que as forças policiais do Estado façam uma apuração rigorosa do fato, para que os responsáveis sejam punidos "de forma exemplar". "O discurso de ódio praticado pelos setores mais reacionários da sociedade e amplificado por setores da grande imprensa está construindo um ambiente perigoso no País, como bem alertou o próprio ex-presidente Lula na última semana", afirmam os deputados do PT.